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11 Dez 2017

Autarca de Viana quer emprego para ex-Estaleiros, mas trabalhadores dizem que encontro foi “vago”

Pedro Xavier

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Esta segunda-feira a comissão representativa dos ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) reuniu com o presidente da Câmara Municipal de Viana do […]

Esta segunda-feira a comissão representativa dos ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) reuniu com o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo para alertar o autarca para o facto de cerca de meia centena de antigos trabalhadores da empresa de construção naval estar atualmente “sem qualquer meio de subsistência”, mas saiu do encontro indicando que a reunião “foi vaga”. António Ribeiro, porta-voz da comissão, constituída por quatro ex-funcionários, disse aos jornalistas que a reunião foi “um bocadinho vaga de assuntos”. “Isto é muito bonito ouvirmos, mas é quase como a frase ‘olhai para o que eu digo, mas não olhais para o que eu faço”. Recordou que começaram a alertar para o final dos apoios sociais dos ex-funcionários a 09 de setembro de 2016 e diz que, desde então, o poder local e o poder central “andaram a prometer, a dizer que estão a estudar o nosso problema, mas até à data nada de concreto tem sido definido”.

Aos ex-trabalhadores da empresa de construção naval a autarquia referiu que vai tentar, em articulação com o Instituto de Emprego e Segurança Social, encontrar vagas para os ex-trabalhadores nas empresas instaladas em Viana, e António Ribeiro afirma que “nós sempre quisemos trabalho”. “Vamos aguardar por novidades. Há muita gente, como eu, que é nova, quer trabalho e está numa situação dramática”, frisou.

Recorde-se que cerca de 50 ex-trabalhadores começaram a ficar sem subsídio de desemprego em maio deste ano e não foram aprovados para o subsídio social de desemprego, pelo que atualmente não têm qualquer apoio social, mas ainda não atingiram os 57 anos exigidos pela lei para pedir a reforma antecipada por desemprego prolongado e não conseguiram voltar ao mercado de trabalho depois de saírem dos ENVC. “Temos vários casos dramáticos (…). Infelizmente para alguns não entra nenhum vencimento em casa e para outros entra apenas o mínimo, cerca de 600 euros da esposa. Por isso, está a ser terrível para alguns trabalhadores”, lamentou.

Já José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana, explicou que no encontro desta segunda-feira estiveram a abordar, com a Segurança Social, “se há alguma situação de emergência que precise de um apoio específico” e adequar “um programa de formação para as novas oportunidades de emprego que existem, pois há muitas empresas, neste momento, em Viana do Castelo, que têm oportunidades de emprego”.

Para o socialista, a responsabilidade desta questão “também devia ser colocada aos sindicatos, que deram más informações, e do ponto de vista político há um responsável, que se chama Aguiar-Branco (ex-Ministro da Defesa)”. “Na altura, quando foi anunciada esta solução para os trabalhadores dos Estaleiros foi dito que estava tudo resolvido, que as pessoas tinham todas as regalias e que podiam assinar um documento de rescisão (…), mas pelos vistos não”, frisou o autarca.

“Da informação que obtive, várias propostas de emprego e áreas de formação têm sido apresentadas a estes trabalhos. Há novas empresas que se estão a instalar em Viana do Castelo. Vamos naturalmente procurar ofertas de emprego para estes ex-trabalhadores”, indicou o presidente.

Recorde-se que em 2014, quando os ENVC foram subconcessionados à Martifer, a empresa vianense contava com 609 funcionários. No mês de maio, o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Vieira da Silva, anunciou a criação de uma equipa que tinha por objetivo preparar formação profissional para os ex-trabalhadores dos estaleiros com vista à sua reintegração no mercado de trabalho. A ideia, segundo o governante, era que a equipa envolvesse a Câmara Municipal de Viana do Castelo, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, a Segurança Social e os trabalhadores. No entanto, segundo António Ribeiro, até agora não obtiveram respostas ou contactos.

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