A Orquestra “Arte Sinfónica” da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo (EPMVC) foi convidada para realizar dois concertos, um em Viana, no Teatro Sá de Miranda, e outro no Porto, na Fundação António de Almeida, para comemorar a existência dos Círculos de Cultura Musical em Portugal. A orquestra de jovens estudantes de música é composta por mais de 70 elementos e irá realizar os concertos em Viana do Castelo a 12 de janeiro e no Porto a 19. Ambos os concertos terão início às 21h30 e têm um custo de 5 euros.
Carla Soares Barbosa, que pertence ao Conselho de Administração da EPMVC, revelou à GEICE que “a iniciativa partiu do Círculo Musical do Porto”, através da “doutora Maria Gagardini e da professora Ofélia [Costa Silva], diretora do Círculo de Cultura Musical do Porto”.
Com estes concertos, o intuito é “relembrar e assinalar a atividade desse círculo em Viana do Castelo nos anos 40 e 50 do século XX”. “O círculo teve uma grande atividade na divulgação em Portugal, com vários pólos de concertos de música erudita, e a delegação de Viana foi muito ativa”, afirmou Carla Barbosa, explicando que foi assim que “surgiu a ideia de convidar a orquestra da EPMVC para realizar um concerto de homenagem e é isso que vamos fazer em Viana do Castelo”.
Por seu lado, Ofélia Costa Silva, presidente do Círculo de Cultura Musical do Porto, destacou à GEICE o trabalho que o Círculo de Cultura Musical de Viana teve para a difusão da música erudita pelo norte do país, afirmando que este teve uma ação “muito importante”. “Viana do Castelo ouviu grandes artistas, não só portugueses, mas também internacionais”, indicou.
As pessoas podem esperar um “grande empenho e vontade de mais de 70 jovens em fazer com muita competência aquilo para que estudam”, disse Carla Barbosa. Os jovens serão liderados pelo maestro Luís Carvalho, convidado para a ocasião.
O conjunto irá interpretar um repertório eclético que irá conter, por exemplo, uma abertura do compositor português Joly Braga Santos ou ainda a Sinfonia Incompleta de Schubert. “Vamos quase simular aquilo que poderia ter sido um concerto nos anos 40, 50”, sublinhou a responsável.