O presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo disse, esta quarta-feira, que a Ponte Eiffel, que celebra a 30 de junho de 2018 os 140 anos de existência, “foi provavelmente a maior obra de engenharia de sempre” do concelho. José Maria Costa falava na abertura de uma sessão sobre os desafios da engenharia e as soluções para o concelho vianense, promovida pela Ordem dos Engenheiros – Região Norte (OERN) e pela Câmara de Viana. O autarca destacou assim a velha ponte da cidade, indicando que foi “uma grande obra de engenharia” e que “marcou o desenvolvimento da cidade e a relação com a vizinha Galiza”, referindo que a Ponte Eiffel “é uma das preciosidades de Viana do Castelo”.
No primeiro painel, sobre os desafios à engenharia, o autarca José Maria Costa afirmou que “o maior desafio que temos pela frente é o conhecimento e a fixação de talentos na região”, dizendo que esta “talvez devesse ser uma causa nacional”. No que toca à mobilidade, o autarca revelou que o projeto da nova ponte sobre o Rio Lima, que irá ligar futuramente o nó de Nogueira da autoestrada A27 com a Estrada Nacional 203, será um investimento na ordem dos 14 milhões de euros, “um projeto de engenharia simples”, mas que vai aliviar a “sobrecarga” de trânsito causada pela fábrica da Europac. Indicou que a Europac vai triplicar o trabalho da fábrica de Viana do Castelo com um investimento de 150 milhões de euros numa nova máquina, pelo que a Câmara Municipal vai avançar com a construção da nova ponte.
Já Poças Martins, presidente da Ordem dos Engenheiros – Região Norte, destacou o atual desenvolvimento de Viana do Castelo, com “fábricas a aparecer” e “muita engenharia de topo”. Referiu ainda que Viana “está no topo daquilo que se faz em Portugal no domínio da água”, indicando que “têm-se feito aqui em Viana coisas notáveis” com os Serviços Municipalizados de Saneamento Básico (SMSBVC). Fernando Fonseca, delegado distrital da Ordem dos Engenheiros, destacou a importância da “descentralização do debate para que sejam tomadas as melhores opções”.
Vítor Lemos, presidente dos Serviços Municipalizados de Saneamento Básico de Viana do Castelo, alertou para o facto de a população mundial andar a “esbanjar” água, indicando que 97% da água do mundo ser salgada e, dos 3% restantes, apenas 1% ser potável. “Para o consumo humano, temos essa gota, e dentro dessa gota temos de trabalhar”, afirmou, apresentando as alterações climáticas, a redução dos resíduos, a educação ambiental e o desvio do aterro como principais desafios.