A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Noroeste e a Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL) assinaram na manhã desta sexta-feira o protocolo que cria uma linha de crédito num total de 1 milhão de euros para apoiar Pequenas e Médias Empresas (PMEs) do Alto Minho. Segundo Luís Ceia, presidente da CEVAL, as PMEs compõem cerca de 96% das empresas que fazem parte da entidade.
A celebração deste protocolo prende-se com as “dificuldades de acesso ao crédito, particularmente no domínio das Pequenas e Médias Empresas e mesmo das microempresas”, sublinhou Luís Ceia. O presidente da CEVAL explicou que a capitalização destas empresas envolve, em muitos casos, “valores que não são muito significantes, mas que são decisivos, muitas vezes no desempenho e até na vivência” das mesmas.
Neste sentido, o dirigente da confederação justificou que a criação de um protocolo foi “a melhor decisão” encontrada em conjunto com o Crédito Agrícola do Noroeste. Referiu ainda que, entre as duas entidades, juntam-se “fins muito parecidos que têm a ver com o desenvolvimento do território”. “Há aqui uma preocupação muito especial em cuidar daquilo que é nosso, dos que são nossos”, rematou Luís Ceia.
O presidente do Conselho de Administração Executivo do Crédito Agrícola do Noroeste, José Correia da Silva, afirmou que “este protocolo vai permitir às empresas da nossa região poderem ter acesso a crédito de investimento ou a fundo de maneio a taxas mais reduzidas”. Além disso, o protocolo “permitirá também ter acesso a seguros e outros serviços bancários como TPAs [Terminais de Pagamentos Automáticos] também em condições mais favoráveis”, detalhou.
O dirigente desta instituição bancária revelou ainda que “se correr bem, e todos esperamos que sim, [o investimento] poderá ser renovado”. Esta extensão da linha de crédito ainda não foi definida, mas, caso seja necessária, poderá consistir numa injeção de mais 1 milhão de euros no protocolo.
A admissão à linha de crédito será feita depois de uma “análise ao risco” das empresas candidatas através da análise de “todas as operações que sejam apresentadas”. Caso o Crédito Agrícola considere que “o risco é aceitável para fazer o financiamento”, a empresa será então aceite.
As taxas praticadas nestes créditos são indexadas a Euribor com, à partida, um spread de 3%, atendendo ao melhor risco, mas que pode ser bonificado em função de outros produtos que tenham. Além disso, o Crédito Agrícola admite, “casuisticamente”, analisar outras operações das empresas que “não cabem neste protocolo”, como “montantes mais elevados, por exemplo”, revelou José Correia da Silva.