No primeiro dia do congresso do CDS, coube a Carlos Meira, ex-presidente da concelhia de Viana do Castelo, o discurso mais aceso de todos, marcado por críticas ao atual líder da distrital do partido, Victor Mendes, e exigindo a Assunção Cristas “respeito” pelo Alto Minho.
Carlos Meira, recorde-se, foi candidato à Câmara Municipal de Viana do Castelo nas eleições autárquicas de 2013. Num discurso de 3 minutos, Carlos Meira disse que “sei que estavam à espera de um congresso perfeito, mas não o vai ser, porque vou falar da minha terra, Viana do Castelo”. Apesar de garantir apoio à líder do partido, o militante mostrou-se muito descontente e referiu que “há uma coisa que os nossos deputados e os nossos dirigentes nacionais têm de perceber: o partido não é deles”. “O partido é nosso. É das bases. E as pessoas, hoje, estão com medo de dizer o que se passa nas concelhias e nas distritais”, assegurou.
Criticou Assunção Cristas, dizendo que “é uma falta de respeito” o facto de, em dois anos, ter passado “30 ou 40 minutos” em Viana, apenas na tomada de posse. “Eu não tenho medo. Não lhe devo nada, mas devo mais a mim e às pessoas de Viana do Castelo”, frisou ainda o vianense, pedindo à presidente do partido para “criar uma relação” com o distrito vianense. “Portugal é mais que Lisboa”, vaticinou.
Criticou ainda Victor Mendes, líder da distrital do CDS e presidente da Câmara de Ponte de Lima, que acusou de ter ido embora a meio da tarde. “É este o respeito que esta gente tem pelo CDS-PP”, lamentou.
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