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28 Mar 2018

Sacrário do século XVIII enriquece Museu de Artes Decorativas de Viana do Castelo

Geice FM

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Uma doação de particulares veio enriquecer o espólio da Câmara Municipal de Viana do Castelo com um sacrário do século XVIII, que fazia parte da […]

Uma doação de particulares veio enriquecer o espólio da Câmara Municipal de Viana do Castelo com um sacrário do século XVIII, que fazia parte da capela do Convento de São Francisco do Monte, espaço que agora está abandonado, na freguesia de Santa Maria Maior, no concelho e distrito de Viana. José Maria Costa, presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, destacou, esta quarta-feira, durante a apresentação da peça, o “grande orgulho” em expor este sacrário no Museu de Artes Decorativas, graças à “generosidade da família” que era proprietária da peça. “Graças à generosidade da família que era proprietária do mesmo, foi possível fazermos a recuperação, num trabalho dos técnicos do museu municipal. Conseguimos assim ter, na véspera da visita às capelas, este belíssimo exemplar de um sacrário do século XVIII, que se pôde salvar graças ao trabalho da família que o retirou em tempo, antes de todo o convento se ter degradado”, explicou o autarca.

O Convento de São Francisco do Monte data do século XIV e em 1987 o último proprietário, Rui Feijó, doou-o à Santa Casa da Misericórdia de Viana do Castelo, que em 2001, por 250 mil euros, o vendeu ao Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC). A cerca de 4 quilómetros do centro da cidade de Viana do Castelo, este convento foi o terceiro fundado em Portugal pela Ordem Franciscana, mas atualmente encontra-se em ruínas. O sacrário, também chamado de tabernáculo, é um pequeno cofre que se coloca sobre o altar para guardar a píxide ou o ostensório, onde está a Eucaristia. O sacrário do século XVIII faz agora parte do Museu de Artes Decorativas, museu municipal, e José Maria Costa espera que a peça “possa ser observada e valorizada por parte da comunidade”, considerando que é “um grande enriquecimento” do espólio do museu municipal.

Maria José Guerreiro, vereadora da cultura de Viana do Castelo, indicou aos jornalistas que a doação foi feita pela família Feijó, que já viveu na cidade vianense, e que fez questão de entregar a peça ao município, para que “preservasse e expusesse este sacrário ao público”. Teresa Feijó e Luísa Feijó, irmãs, representaram a família responsável pela doação, referindo que era vontade do pai de ambas entregar a peça ao município.

Teresa Feijó diz que ficam “muito contentes por o sacrário voltar a uma terra que também é nossa”. Visivelmente comovida, referiu que “o pai ficaria muito contente”. Já Luísa Feijó indicou que “qualquer um de nós, dos cinco irmãos, entende que não faz sentido, hoje em dia, ter uma peça destas numa casa particular”. “O sentido deste tipo de peças será mesmo pô-lo ao dispor do público e, para isso, não poderia ser noutro sítio que não Viana, que é a terra de origem do próprio sacrário. Todos nós achamos que ele está onde devia estar”, vaticinou.

Filipe Freitas, técnico municipal, revelou que “é sempre um prazer intervir em peças deste calibre”, indicando que este sacrário “é uma peça muito interessante e que, em geral, estava em bom estado de conservação, apesar da má aparência, já que os materiais eram de muito boa qualidade”. A doação do sacrário foi feita, em 2015, à Câmara Municipal de Viana do Castelo e, depois de toda a recuperação, “respeitando o princípio da intervenção mínima”, a peça faz agora parte do espólio do Museu de Artes Decorativas, situado no Largo de São Domingos.

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