Depois de Melgaço (PS), na semana passada, agora é a vez de Ponte da Barca (PSD) anunciar a rejeição, por unanimidade, da constituição de uma parceria entre municípios do Alto Minho e o Estado para a gestão multimunicipal dos sistemas, em baixa, de água e saneamento.
Em comunicado, a Câmara de Ponte da Barca justificou a decisão com “a ausência de investimento pela parceria na ampliação dos sistemas de abastecimento de água e saneamento, o reduzido investimento para as beneficiações de redes em mau estado, o aumento dos custos que o município terá de suportar atendendo aos autoconsumos, a perda de poder de decisão em determinados processos, tais como a atribuição de tarifários especiais e ainda a elevada tarifa que se prevê que a parceria irá praticar”.
Em causa está a proposta de criação da empresa Águas do Alto Minho, de gestão das redes de água, em baixa, e do saneamento, detida em 51% pela Águas de Portugal e em 49% pelos dez municípios da região.
A Câmara de Ponte da Barca, liderada pelo social-democrata Augusto Marinho, explicou que a rejeição da parceria “é acompanhada por todas as Juntas de Freguesia do concelho e surge na sequência de várias e intensivas reuniões entre os autarcas e o grupo Águas de Portugal, que tiveram lugar nos últimos meses em Ponte da Barca por iniciativa da Câmara Municipal”.
“O processo de decisão envolveu, desde o início, e por iniciativa do presidente da Câmara de Ponte da Barca, todos os vereadores, os presidentes de Junta, o presidente da Assembleia Municipal e os partidos políticos com assento naquele órgão, por forma a que o debate sobre as propostas apresentadas fosse o mais amplo possível, assegurando uma forma mais eficaz de participação de todos num processo tão importante”, lê-se na nota.
Atualmente, o sistema de abastecimento de água em Ponte da Barca “assume um modelo de gestão dual, em que o município é entidade gestora em 14 das 25 freguesias”.