27 de janeiro de 2018. O Pavilhão Municipal de Monserrate em Viana do Castelo era o palco do jogo da 14ª jornada do campeonato nacional de hóquei em patins da 1ª divisão entre a Juventude Viana e o Paço d` Arcos, quando um triste episódio aconteceu.
Com os três pontos praticamente garantidos para a formação minhota, que acabou por vencer (7-3), André Azevedo tinha apontado um dos sete golos e quando o festejou nem imaginava que seria o último da sua carreira.
“O jogo estava resolvido, a acabar e saiu-me o euromilhões ao contrário”. É assim que, dois meses depois, André Azevedo recorda, em entrevista ao portal de desporto, zerozero.pt, o momento em que foi atingido por uma bola na face que lhe provocou uma fratura do osso malar e uma lesão ocular.
“Foram três operações em três semanas, uma maxilofacial e duas ao olho. E provavelmente ainda vou continuar. A nível ocular deverá haver uma sequência de operações. Não consigo ver nada do olho direito. Esteticamente está tudo bem, mas o olho não está a cumprir a sua função. Para já os médicos não querem assumir nada porque estamos numa fase embrionária. Só daqui a uns meses é que pode ser feito um diagnóstico para algo mais favorável ou não. Mas tenho uma entrada de luz, vejo uns vultos e por isso há esperança», afirma, ao zerozero.pt, o hoquista que perante o infortúnio colocou um ponto final na carreira aos 41 anos.
“Estou numa fase de adaptação. Nesta altura está tudo a voltar mais ou menos à normalidade, sendo que o que não é normal é não voltar à competição. Isto aconteceu numa fase em que, devido à minha idade, a carreira já devia ter terminado. Mas há dois anos o projeto da Juventude de Viana aliciou-me e com a chegada do Renato Garrido e do Edo Bosch acabei por manter-me. Esta era a minha última época, mas acabou mais cedo uns meses. A minha carreira está feita», anuncia André Azevedo.