Augusto Silva da CDU e Helena Marques do PSD, eleitos para a Assembleia de Freguesia de Darque renunciaram ao mandato, provocando eleições antecipadas.
Depois de várias tentativas para chegar a um entendimento com o executivo liderado pelo PS, que até ao momento não foi possível, e de um impasse de sete meses na instalação do executivo darquense, os representantes de CDU e PSD anunciaram, hoje, em Conferencia de Imprensa o seu “direito à representatividade naquele órgão autárquico”.
Augusto Silva, eleito pela CDU, explicou aos jornalistas que “o processo se arrasta” há sete meses “pelo facto do presidente da Junta de Freguesia (Fernando Garcês), eleito pelo PS, força política que não teve a maioria nas eleições, ter decidido, unilateralmente, que os cinco elementos do executivo fossem socialistas”.
O Comunista referiu que “o PS nunca manifestou abertura para algum entendimento”, situação que levou a CDU a apresentar uma queixa no Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB).
Silva diz que “é hora de respeitar a vontade dos Darquenses, devolvendo-lhes a palavra”.
Para a Social Democrata, Helena Marques, a decisão de renunciar ao mandato autárquico “não foi tomada de ânimo leve” e acusou o executivo PS, em concreto o presidente da Junta de Freguesia, de “falta de bom senso, de espírito democrático e de diálogo”.
“Em momento algum mostrou que queria dar o pontapé de partida para que as coisas se resolvessem. Nunca o quis. Tentou vencer-nos pelo cansaço e isso eu levei a mal. Sinto-me ofendida porque levei as minhas responsabilidades ao limite”, destacou a cabeça de lista do PSD.
Adiantou que, “no dia a seguir às eleições esperou um contacto do PS para resolver a instalação da Assembleia Municipal, contacto nunca existiu”.
Os eleitos da CDU e do PSD adiantaram que a renúncia foi tomada hoje, antes da reunião da Assembleia de Freguesia, marcada para as 21h00 desta segunda-feira, para apreciação do relatório e contas de 2017.