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03 Mai 2018

Cividade Afife/ Âncora já está em processo de classificação

Geice FM

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A classificação da Cividade Afife/Âncora, partilhada pelos concelhos de Viana do castelo e Caminha já está em processo de classificação. A abertura do procedimento foi, […]

A classificação da Cividade Afife/Âncora, partilhada pelos concelhos de Viana do castelo e Caminha já está em processo de classificação. A abertura do procedimento foi, hoje, publicada em Diário da República (DR).
Em causa está um castro milenar, isolado no monte da Cividade que delimita aquelas freguesias dos dois concelhos vizinhos, onde foram identificadas em sucessivas escavações, realizadas nos últimos 50 anos, casas de planta circular, algumas das quais com lareiras e bancos de pedra no interior, além de um troço de muralha com 24 metros de extensão, segundo informação do extinto Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico (IGESPAR), substituído pela Direcção-Geral do Património Cultural.
Este castro abrange terrenos daquelas duas freguesias e, por isso, em Viana é conhecido como a Cividade de Afife, enquanto em Caminha essa designação é atribuída a Âncora.
No aviso hoje publicado em DR, a diretora-geral do Património Cultural determinou a abertura da classificação por proposta pela Direção Regional de Cultura do Norte, sendo que o processo pode ser consultado nas páginas eletrónicas da Direção-Geral do Património Cultural, Direção Regional de Cultura do Norte e das Câmaras de Caminha e Viana do Castelo.
Para o presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, é “mais um marco no trabalho que o município tem vindo desenvolver pela valorização do seu património”.
“Neste caso, em particular, um trabalho conjunto com o município de Viana do Castelo que partilha a implementação territorial desta cividade tão importante”, disse o autarca socialista.
Miguel Alves adiantou que a classificação “vai ajudar o município e a freguesia de Âncora a desenvolver novas escavações para colocar à disposição do público um achado tão importante no contexto do país e da Península Ibérica”.
“Outra vantagem desta classificação é que os terrenos, sendo de particulares e estando sujeitos à pressão dos madeireiros ou votados ao abandono, podem ser mais cuidados, protegendo um tesouro enterrado entre as freguesias de Âncora e Afife”.
Já a vereadora da Cultura da Câmara de Viana do Castelo (PS), Maria José Guerreiro, realçou a “importância da classificação no sentido da preservação e valorização daquele património”, partilhado pelos dois municípios.
“É muito importante na medida em que temos detetado algumas incúrias por parte de pessoas que passam naquela zona. Estando num processo de classificação, aquele território terá uma proteção diferente, nomeadamente em relação a situações de negligência e de apropriação daquele território”, frisou.
Maria José Guerreiro sublinhou que “dois terços” daquela cividade estão situados no concelho de Viana do Castelo e que, com esta classificação, se abrem novas oportunidades para a realização de novas escavações”.
“É um território que não está todo explorado e que poderá vir a ser objeto de novos trabalhos, em conjunto”, referiu.
Em 2013, os dois municípios celebraram um protocolo de colaboração para a gestão conjunta daquela Cividade, comprometendo-se a recuperar, estudar e potenciar turisticamente aquele conjunto arqueológico.
Com aquele protocolo, as autarquias comprometeram-se a desenvolver uma estratégia conjunta de ação para a Cividade de Âncora/Afife, que permita a conservação e preservação dos vestígios arqueológicos existentes, “bem como de outros que se venham a ser descobertos”.
Em julho de 2013, o local foi alvo de trabalhos arqueológicos realizados por especialistas da Universidade do Minho.
O acordo prevê ainda a musealização daquela área e a integração daquele castro num roteiro de visitas a pontos de interesse arqueológico na região.
Sobre o distrito de Viana, foram também hoje publicados em DR os anúncios da classificação, como Sítio de Interesse Público do Forte e Estação Arqueológica de Lovelhe, em Breia, Vila Nova de Cerveira, e da Igreja de Santa Maria Madalena, em Chaviães, Melgaço.

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