O município de Viana do Castelo vai assinalar o Dia Nacional do Azulejo, celebrado a 6 de maio, com a atividade “Azulejos | Práticas de Conservação e Restauro no Museu de Artes Decorativas”. A iniciativa tem início às 16 horas e será da responsabilidade de Filipe Freitas, conservador-restaurador do museu municipal.
O programa inclui teorias sobre o restauro, execução de diagnósticos, uma proposta metodológica, aprendizagens sobre a estabilização e a conservação, tratamentos de restauro e ainda exemplificações práticas.
No decorrer desta atividade, e em conformidade com as explanações do conservador-restaurador do Museu de Artes Decorativas, os participantes são desafiados a elaborar uma proposta de intervenção, a optarem por uma metodologia e a executarem pontualmente alguns tratamentos de conservação e restauro. Pretende-se transmitir noções básicas de boas práticas de conservação e restauro de azulejo, e destacar a sua importância para a correta preservação e valorização. Nesta atividade serão ainda divulgadas as futuras intervenções de conservação e restauro a serem executadas no património azulejar do Museu de Artes Decorativas.
Recorde-se que o município de Viana do Castelo criou o Roteiro do Azulejo, que se apresenta como uma viagem de três percursos no espaço urbano de Viana do Castelo, ao encontro do Azulejo, num horizonte temporal de meio milénio. No Roteiro do Azulejo podem encontrar-se azulejos dos séculos XVI, XVII e XVIII, de padronagens, de “figura avulsa” e em composições historiadas do Maneirismo e do “Ciclo dos Mestres” (Primeiro Barroco), “Grande Produção Joanina” e Rococó; padrões de “alto e meio-relevo”, de “estampilha” com pintura manual e de estampagem mecânica; azulejos retangulares “biselados”; frisos e painéis revivalistas e modernistas; composições de novas técnicas e estéticas no dealbar do século XXI.
Os percursos P1 e P2 incluem azulejos existentes no Centro Histórico de Viana do Castelo, atualmente delimitado pelo caminho de ferro e a beira-rio até à foz do Lima: áreas nucleares das freguesias de Santa Maria Maior e Monserrate. Já o percurso P3 corresponde à área envolvente do Centro Histórico, pelo Poente, Norte e Nascente.