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08 Ago 2018

Romaria d’Agonia: Pescador da Ribeira marcou presença nas 50 edições da Procissão ao Mar

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A Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia assinala, este ano, os 50 anos da Procissão ao Mar, momento que acontece sempre a 20 […]

A Romaria em Honra de Nossa Senhora da Agonia assinala, este ano, os 50 anos da Procissão ao Mar, momento que acontece sempre a 20 de agosto, feriado municipal, e Edmar Lomba é um dos poucos pescadores da Ribeira que marcaram sempre presença neste quadro, ao longo de meio século. Nascido e criado na Ribeira de Viana, o antigo pescador conta com 75 anos de idade e uma vida inteira dedicada ao mar, tendo estado presente na primeira Procissão ao Mar e, desde então, não faltou a nenhum ano deste emblemático quadro da rainha das romarias.

Edmar Lomba dedicou 58 anos à pesca, 14 anos dos quais à pesca do bacalhau, tendo até sido socorrido por onze dias no navio-hospital Gil Eannes, atualmente atracado na antiga doca comercial de Viana do Castelo. Desde que era jovem que participa em todas as procissões ao mar e ao rio. Refere que na primeira Procissão ao Mar participaram cerca de 70 barcos, todos do Viana do Castelo, já que a Ribeira era uma comunidade essencialmente piscatória. Este ano, volta a ir na Procissão ao Mar, na tarde de 20 de agosto, no barco “Tiago e Catarina”, pertença do mais velho dos seus quatro filhos, o único que lhe seguiu as pisadas.

O antigo pescador reconhece que, sempre que participa neste quadro da rainha das romarias, o coração “se sente fraco”, tomado pela emoção e pela fé. “Sinto-me emocionado, tal como me aconteceu quando fui a Fátima pela primeira vez. É a nossa padroeira, dói-nos. Sempre que nos acontecia alguma coisa no mar, lembrávamo-nos da nossa padroeira, da Senhora da Agonia”, reconhece. “Para o pescador, a Procissão ao Mar é o número mais bonito das festas”, vaticina, acrescentando que, nos dias de hoje, a procissão é mais rica, com mais e maiores barcos, e com milhares de pessoas a assistir, entre vianenses e turistas.

Já naquela altura os barcos se enchiam de gente, o que era até perigoso, face ao elevado número de pessoas. Também o fogo-de-artifício era em grande quantidade, com as canas do fogo a caírem no mar e, por vezes, até nas embarcações que participavam na procissão.

“Hoje em dia, é melhor em tudo. Antigamente, nos primeiros anos, a Senhora da Agonia não ia ao centro da cidade. Hoje em dia, vai pelo rio até à Ponte Eiffel, ao centro da cidade, onde está o povo. É uma loucura”, refere ainda, com emoção e saudade. Na Procissão ao Mar são também transportadas as imagens da Senhora de Monserrate, São Pedro e da Senhora dos Mares.

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