O festival EDP Vilar de Mouros arrancou ontem ao final da tarde com um cartaz para “gente mais madura”, de acordo com os primeiros festivaleiros abordados.
Zé Carlos e Olívia Bernardino, vindos de Braga, estrearam-se no festival muito por culpa de Peter Murphy e David J., em celebração de 40 anos do primeiro álbum de Bauhaus, e também de Public Image Limited (PiL), de John ‘Rotten’ Lydon, vocalista dos Sex Pistols, falando ao som dos primeiros acordes desta edição, a cargo dos Cavaliers of Fun.
“Este festival é mais idoso”, disseram, considerando que o “cartaz é bom, para malta mais madura”, referindo ainda que a banda de Peter Murphy e David J. faz parte do seu “crescimento e da pele”.
Olívia revelou ainda a existência de uma aposta entre o casal, que consistia em voltar caso gostassem do ambiente, algo que confirma, enquanto Zé Carlos lamenta que o mesmo se esteja “a perder”.
O ‘veterano’ Daniel Martins, de Chaves, vem ao festival desde 1982 e confessou que, apesar de este ano vir dois dias ao evento, “as bandas não interessam”.
“Este festival é superior aos outros, é nostálgico. Se quisesse ver bandas ia para o Paredes de Coura, mas não me dizem nada. Este ano gostava de ver Metallica, mas aqui no Vilar de Mouros quero ver Sepultura”, gracejou.
Depois do interregno de 2006 a 2014, o festival regressou com novos públicos, entre os quais, Sérgio Rodrigues e Susana Cunha, que decidiram fazer da visita “um desporto”, voltando desde então, não tanto “pelas bandas, mas pelo ambiente”.
O festival prossegue hoje, com nomes como Incubus, Editors e GNR, enquanto no sábado, dEUS, John Cale, James, Crystal Fighters e o português Luís Severo encerram a edição 2018 de Vilar de Mouros.