Quatro funcionários da Casa dos Rapazes, em Viana do Castelo, arguidos num processo de maus tratos a jovens, negaram hoje, no início do julgamento, a prática dos crimes de que estão acusados pelo Ministério Público (MP). A sessão prossegue à tarde com o depoimento do quinta arguida no processo, a diretora técnica da Casa dos Rapazes, de 43 anos de idade. No total, estão acusados de 35 crimes de maus tratos, ocorridos entre 2015 e 2017.
Na acusação, deduzida em março, o MP considera que “as vítimas são especialmente vulnerárias e que os crimes integram criminalidade violenta”, justificada com a “menoridade dos jovens” e pelo facto de “estarem confiados aos arguidos”.
Hoje, no arranque dos trabalhos e questionados pelo juiz que preside ao coletivo que está a julgar o caso, todos os arguidos quiseram prestar declarações.
Durante a manhã, foram ouvidos quatro funcionários, com idades entre os 30 e os 36 anos, tendo todos negado as agressões e insultos de que estão acusados.
A sessão prossegue à tarde com o depoimento da diretora técnica da Casa dos Rapazes, de 43 anos de idade.
Antes, o advogado de três dos cinco arguidos, Morais da Fonte, viu indeferido pelo juiz, o requerimento que apresentou para que o julgamento decorresse à porta fechada. O causídico anunciou recurso para o Tribunal da Relação, com efeitos suspensivos, mas o juiz que preside ao coletivo dispõe de 30 dias para se pronunciar sobre aquele procedimento.