Dificuldades financeiras da Associação de Reformados de Viana leva PCP a questionar Governo

A deputada do PCP Carla Cruz vai questionar o Governo sobre eventuais apoios a conceder à associação de reformados e pensionistas de Viana do Castelo, a “viver uma situação de enorme fragilidade” económica.
“O que nos foi relatado é que a instituição vive uma situação de enorme fragilidade e dificuldade, que carece de medidas urgentes. Se não forem tomadas fica em risco o normal funcionamento da Associação de Reformados e Pensionistas do distrito de Viana do Castelo”, afirmou Carla Cruz, garantindo que vai questionar o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social sobre o assunto.

A deputada do PCP, que falava esta segunda-feira aos jornalistas no centro de trabalho do partido na capital do Alto Minho, no final de vários contactos com associações locais, disse “as receitas da instituição não são suficientes para fazer face às despesas de funcionamento”.
“Embora não seja a resposta que consideramos ser a ideal a prestar às pessoas em situação de velhice, uma vez que consideremos que deveria ser uma resposta integralmente pública, o Estado delegou essa responsabilidade a outras entidades e, por isso, pensamos que tem de encontrar formas de apoiar e suportar a instituição”, referiu.
Com 25 trabalhadores, a instituição possui um centro de dia, com capacidade para 50 utentes e serviço de apoio domiciliário que abrange outros 50 idosos.

Na deslocação a Viana do Castelo, a deputada do PCP reuniu-se com associações de agricultores, garantindo que irá questionar os Ministérios da Agricultura e do Ambiente sobre o acompanhamento que está a ser feito à vespa asiática e se as equipas de sapadores florestais previstas para a região estão no terreno e em pleno funcionamento.
Já sobre a reunião com a comissão representativa dos ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) assegurou que o PCP “irá continuar a acompanhar a situação”, admitindo que “o número de trabalhadores sem qualquer tipo de apoio é diminuto e dos 600 que ficaram sem emprego com o encerramento da empresa, 80% já estão na reforma”.