A Confraria da Foda Pias, Monção já integra a Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas. O documento oficial, apresentado pelo Grão-Mestre, Agostinho Correia, ao Presidente da Câmara monçanense, António Barbosa, assinala que a participação da Confraria na federação constitui um estimulo para a coesão do movimento confrádico.
Na ocasião, Agostinho Correia agradeceu a António Barbosa todo o “apoio, confiança e incentivo nesta longa caminhada em prol do nosso inigualável património gastronómico”.
Pelo sabor e pelo nome, o Cordeiro à Moda de Monção, conhecido como “Foda à Monção”, é referência obrigatória no roteiro gastronómico local.
A confeção em alguidar levado ao forno de lenha não só recupera o saber dos nossos antepassados como lhe adiciona um pouco de arte, carinho e profissionalismo das atuais cozinheiras. O nome reflete bem o carater afável e bem disposto dos monçanenses. Reza a história que:
“Os habitantes do burgo, que não possuíam rebanhos, dirigiam-se às feiras para comprar o reixelo. E, como em todas as feiras, havia de tudo, bons e maus. A verdade é que os produtores de gado, quando o levavam para a feira queriam vendê-lo pelo melhor preço e, para que os reixelos parecessem gordos, punham-lhes sal na forragem, o que os obrigava a beber muita água.
Na feira, apareciam com uma barriga cheia de água e pesados, parecendo realmente gordos. Os incautos que não sabiam da manha compravam aqueles autênticos “sacos de água” e, quando se apercebiam do logro, exclamavam à boa maneira do Minho: que foda!
O termo tanto se vulgarizou que o prato passou a designar-se, localmente, por foda. De tal modo que é frequente, pelas alturas festivas (Páscoa, Corpo de Deus, Senhora das Dores e Natal ou Fim de Ano) ouvir as mulheres: Ó Maria, já meteste a foda?”