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08 Jan 2019

Grupo de teatro Krisálida “abre Guerra” ao plástico

Geice FM

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O grupo de teatro Krisálida propõe-se a fazer uma ‘guerrilha antiplástico’ utilizando o palco e a plateia, de crianças e adultos, para alertar para a […]

O grupo de teatro Krisálida propõe-se a fazer uma ‘guerrilha antiplástico’ utilizando o palco e a plateia, de crianças e adultos, para alertar para a poluição marítima provocada pelo lixo plástico e, para isso, até as marionetas a utilizar serão feitas de plástico apanhado nas praias do Alto Minho.

O projeto OPER(A)ÇÃO PLASTIKUS está a ser desenvolvido pelo grupo de teatro, com sede em Caminha, que, com pouco mais de quatro anos de atividade acaba de receber um apoio da Direção-Geral das Artes para ‘utilizar’ o palco para abordar um dos maiores problemas da humanidade.

“Hoje, está por todo o lado! Por todo o lado, mesmo! O plástico é um dos maiores problemas da humanidade”, explica a companhia, que pretende alertar para as consequências deste material, que há cerca de 100 anos começou a mudar a vida de todos.

Para Carla Magalhães, diretora artística da Krisálida, este é um papel social que a companhia não pretende descartar: “É um problema que já está a afetar as nossas vidas. Utilizar o teatro como ferramenta de trabalho para despoletar o pensamento crítico e o debate de problemáticas sociais sempre foi objetivo da Krisálida nas suas criações”.

Ao longo de 2019, ao abrigo do projeto OPER(A)ÇÃO PLASTIKUS, a companhia vai levar à cena dois espetáculos teatrais, um para crianças e outro para adultos, que vão abordar, em palco, o problema do plástico e a ameaça que representa, ao não ser biodegradável, para a vida como a conhecemos.

“Recorrendo a uma parceria estabelecida com a Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, teremos o apoio na componente científica do tema”, explica ainda a diretora da Krisálida.

O espetáculo para a infância, que recorrerá à linguagem da Arte da Marioneta, será criado em residência artística com direção plástica e encenação do grupo Teatro e Marionetas Mandrágora. As marionetas do espetáculo serão construídas com plásticos recolhidos na costa litoral norte, território onde a Krisálida atua.

Numa segunda residência artística será desenvolvido o espetáculo para adultos, com o encenador Graeme Pulleyn, encenador britânico convidado da Krisálida para esta abordagem e que em Portugal já trabalhou também como ator e diretor artístico em dezenas de projetos.

Paralelamente, a companha vai realizar um conjunto de atividades que visam promover boas práticas aplicáveis à conservação do ecossistema marinho. Para atingir esses objetivos estão previstas diferentes iniciativas de sensibilização com e para a comunidade escolar e o público em geral, através do pacote educacional denominado “Eu sei! Eu Sinto! Eu Atuo!”
“Sentimos a necessidade crescente de fazer alguma coisa. O lixo marinho é um problema social sobre o qual a sociedade deve ter consciência para que possa tornar-se parte da solução”, explica Carla Magalhães.

Este pacote educacional pretende informar e sensibilizar, desde logo, professores e alunos, além da população em geral, para agirem no combate ao lixo na costa, organizando para tal debates após as peças de teatro, concursos de vídeo, produção de objetos artísticos e exposições.
“Tudo a partir de plástico. Pretende-se que este pacote de medidas sirva para tornar este projeto ‘viral’, no sentido em que todos podem contribuir para uma mudança das suas atitudes e criarem os seus próprios desafios ambientais, transformando este projeto numa verdadeira guerrilha antiplástico!”, sustenta a diretora.

A Krisálida, Associação Cultural do Alto Minho é uma companhia profissional de teatro com sede em Caminha, Viana do Castelo, criada em outubro de 2014 cujo principal objetivo consiste na captação de públicos, assente numa estreita relação com as comunidades locais procurando descentralizar e democratizar o acesso ao teatro a todos. Para isso, cria espetáculos de teatro que possam chegar a espaços não convencionais e ser apresentados nos mais diversos locais, com qualidade estética e artística e que falam sobre assuntos que nos parecem importantes e pertinentes e que nos movem como cidadãos e artistas.

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