A deputada do PCP, Carla Cruz, vai confrontar o Ministério da Saúde com “atropelos” aos direitos de mais de 40 trabalhadores que exercem funções no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, contratados por empresas externas ao serviço público.
Em declarações, no final de uma reunião que manteve esta segunda-feira com os trabalhadores que desempenham funções naquela unidade hospitalar, Carla Cruz referiu que “há um elevado grau de precariedade e de atropelo aos seus direitos, entre eles, a ameaça contra trabalhadoras que pretendem exercer os direitos da maternidade, como o da amamentação”.
“O PCP condena veementemente a existência precariedade nos serviços públicos, o recurso a empresas de ‘outsourcing’ para prestar trabalho permanente e, nesse sentido, iremos questionar a tutela”, frisou a deputada.
Carla Cruz disse estarem em causa “mais de 40 áreas assistentes de ação médica, assistentes técnicos e técnicos superiores”.
“São diferentes áreas profissionais e existe recurso precariedade, recibos verdes, contratos a termo, trabalhadores que exercendo a mesmas funções têm salários diferentes. Isto são violações grosseiras aos direitos dos trabalhadores”, frisou.
Vamos questionar o Governo por considerar “não ser admissível que se recorra à precariedade e ao ‘outsourcing’”.
“A uma necessidade deve corresponder um vínculo de trabalho permanente e os respetivos direitos a ele associados. Trabalho igual, salário igual”, reforçou.