Os trabalhadores do Pingo Doce de Viana do Castelo concentraram-se, esta sexta-feira de manhã, em frente à loja na rua de Aveiro, para exigir aumentos salariais. O “medo de represálias” levou apenas a que três trabalhadores expressarem o seu desagrado.
“Muitos trabalhadores pedem para fazer iniciativas, mas chega a hora da verdade e com medo de represálias não aparecem. Infelizmente elas (represálias) sentem-se”, lamentou José Branco, funcionário e dirigente sindical.
O protesto, convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (STCESP), surgiu na sequência do impasse na negociação do Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).
Em declarações aos jornalistas, à porta da loja do Pingo Doce de Viana do Castelo, Rosa Silva coordenadora do STCESP Viana diz que “no tempo do Pai (Jerónimo Martins) ainda havia abertura para negociar, mas que agora, o filho, Pedro Santos tem tido uma postura vergonhosa. Na ultima negociação ofereceu 11 cêntimos de aumento de salário e em contra partida quer por o banco de horas, que não é mais do que trabalho gratuito”.
“Estes trabalhadores estão há anos com os salários congelados, o que significa: quem entra hoje para as lojas ganha o mesmo que os antigos funcionários, que por sinal estão a despedir-se em massa para trabalhar em unidades fabris”, sustenta o STCESP.
Além de aumentos salariais os trabalhadores reivindicam o “pagamento em dobro do trabalho normal em dia feriado, admissão de mais trabalhadores, horários dignos, para conciliar com a vida familiar e encerramento das lojas ao domingo”.
Fotos: Ricardo Sousa/DR-GEICE FM