Foi em 1931 que Viana do Castelo, verdadeiro berço de campeões do ciclismo, recebeu, pela primeira vez, a Volta a Portugal e como uma dupla presença ao ser palco de uma chegada e de uma partida. Desde aí já lá vão 30 presenças na maior prova do ciclismo nacional repartidas em número igual entre inícios e finais de etapas.
Se em 2018, o monte de Santa Luzia recebeu, uma vez mais, um emocionante final de etapa, desta vez a “Princesa do Lima” servirá como ponto partida para mais um dia de competição.
A 9 de agosto, já na reta final da Grandíssima, o Minho vai ser cenário da Volta na 8ª etapa entre Viana do Castelo e Felgueiras. A expectativa para estes 156,6 km é enorme, até para se perceber como chega o plutão a Felgueiras, antes de partida para a penúltima etapa da competição que vai levar os ciclistas até ao alto da Senhora da Graça em Mondim de Basto numa etapa de 133,5 km, que parte de Fafe.
A 81.ª edição da Volta a Portugal vai começar em Viseu, com um prólogo de seis quilómetros, em 31 de julho, antes de, no dia seguinte, os ciclistas fazerem a ligação entre a estreante Miranda do Corvo e Leiria (174,4 quilómetros), numa das poucas oportunidades para sprinters.
Santo António dos Cavaleiros recebe o final da segunda etapa, com uma contagem de terceira categoria, após a mais longa ligação da corrida, com uma extensão de 198,5 quilómetros, desde a Marinha Grande.
Outra das chegadas sem contagem de montanha coincidente com a meta vai acontecer na terceira etapa, com a também longa (194,1 quilómetros) ligação entre Santarém e Castelo Branco.
A 4 de agosto, 145 quilómetros após a saída de Pampilhosa da Serra, que se estreia na Volta, os ciclistas vão subir à Torre, uma contagem de montanha de categoria especial, ascendendo pela Covilhã e pelas Penhas da Saúde.
A subida à Torre, vai regressar, quatro anos depois, à Volta a Portugal, cuja 81.ª edição será corrida a norte do rio Tejo. Após três anos de ausência, a subida ao ponto mais alto de Portugal continental volta a fazer parte do percurso.
Após a subida à Torre, e a anteceder o dia de descanso, mais uma etapa dura, com a chegada à cidade mais alta de Portugal, a Guarda, com a meta a coincidir com uma contagem de terceira categoria. A tirada começa em Oliveira do Hospital, com os ciclistas a terem de percorrer 158 quilómetros.
Apesar de ter apenas três contagens de terceira categoria do início da corrida, a sexta etapa não será fácil, com um percurso de constante sobe e desce entre Torre de Moncorvo e Bragança (189,2).
Será desta capital de distrito que sairá uma dura sétima etapa, que partirá igualmente de Bragança, com a meta a estar instalada no Alto do Larouco (primeira categoria), em Montalegre, 156,2 quilómetros após a partida.
Antes das duas últimas etapas, onde tudo se pode decidir, os ciclistas não terão grande tempo para descansar, uma vez que a oitava etapa também termina em alto, com uma contagem de terceira categoria, em Santa Quitéria, em Felgueiras, 156,6 quilómetros após a partida de Viana do Castelo, a 9 de agosto.
Na nona e penúltima etapa, em 10 de agosto, a corrida vai chegar à Senhora da Graça, uma subida de primeira categoria, 133,5 quilómetros da partida de Fafe, onde em 2018 o espanhol Raúl Alarcón (W52-FC Porto) foi coroado vencedor.
No dia seguinte, a Avenida dos Aliados, no Porto, vai acolher o pódio final, após um contrarrelógio de 19,5 quilómetros, com partida em Vila Nova de Gaia.