Depois de reunião realizada, esta tarde, na Câmara Municipal de Viana do Castelo, com o secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, o representante dos pescadores que se sentem afetados pela instalação de um parque eólico flutuante ao largo de Viana do Castelo, esclareceu que relativamente a eventuais medidas de força que chegaram a ser avançadas, como o boicote à procissão ao mar, durante a Romaria d’Agonia, já “não se coloca”.
Pedro Meira esclareceu que por parte dos profissionais de pesca que representa essa posição passaria por não participar naquele número e não boicotar o evento religioso, mas que “nesta altura essa possibilidade não se coloca por se estar a aguardar pelos resultados da via do diálogo”.
Também o diretor da associação VianaPesca, João Pacheco, disse que a reunião de hoje foi “proveitosa” e garantiu que a procissão ao mar e ao rio se realize” com a participação de “todos os pescadores”.
“Os vianenses podem estar descansados. Os andores vão sair na procissão”, reforçou.
Os pescadores reclamam a atribuição de uma compensação pelos prejuízos causados pela interdição da pesca na envolvente (0,5 quilómetros de cada lado) do cabo submarino, com cerca de 17 quilómetros de extensão, que vai ligar o parque eólico flutuante à rede, instalada em Viana do Castelo.
Em causa está o Windfloat Atlantic (WFA), um projeto de uma central eólica ‘offshore’ (no mar), em Viana do Castelo, orçado em 125 milhões de euros, coordenado pela EDP, através da EDP Renováveis, e que integra o parceiro tecnológico Principle Power, a Repsol, a capital de risco Portugal Ventures e a metalúrgica A. Silva Matos.