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28 Out 2019

Cerca de cem autocarros levaram cristãos do Alto Minho ao Santuário de Fátima

Pedro Xavier

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Milhares de cristãos do Alto Minho rumaram, no último domingo, ao Santuário de Fátima, em Peregrinação Diocesana, presidida por D. Anacleto Oliveira, Bispo de Viana […]

Milhares de cristãos do Alto Minho rumaram, no último domingo, ao Santuário de Fátima, em Peregrinação Diocesana, presidida por D. Anacleto Oliveira, Bispo de Viana do Castelo.

Esta Peregrinação revestiu-se de um significado especial, pois foi a forma de iniciar a Semana da Diocese e, simultaneamente, um modo de assinalar os quarenta anos da sua criação (jubileu a que a Diocese está a dedicar um Triénio Pastoral, encontrando-se a viver o último ano sob o mote do acolhimento).

Partindo dos vários Arciprestados da Diocese, em cerca de cem autocarros, os fiéis reuniram-se, pelas 10h00, na Capelinha das Aparições, onde teve lugar a recitação do Terço, com meditações que procuraram ir de encontro à temática do “acolhimento”.

De seguida, decorreu a Procissão em direção ao Altar do Recinto e a celebração da Eucaristia.

Na sua homilia, D. Anacleto começou por perguntar: “O que é que Fátima tem de especial para atrair tanta gente?”. Em jeito de resposta, recordou aquilo que lhe disse uma pessoa no dia da sua Ordenação Episcopal, que ocorreu naquele recinto: “Aqui respira-se o sobrenatural”. E explicitou: “Nós precisamos do sobrenatural, enquanto dimensão capaz de superar a fragilidade e a caducidade da nossa vida”.

O sobrenatural, acrescentou o Bispo, pode ser “respirado”, de modo singular, na figura de Maria. “Maria deixou, neste Santuário, uma mensagem que podemos condensar em duas palavras: oração e conversão” disse D. Anacleto. E explicou: “A oração, enquanto ato permanente em que eu deixo de olhar apenas para mim próprio e me volto para as fontes de vida que são Deus, de quem dependo, e os outros, de quem eu vivo e para quem eu vivo; a oração, enquanto caminho de conversão, porque oportunidade para me voltar para Deus e para os outros”.

Assinalando a íntima união entre estas duas dimensões, D. Anacleto considerou que “não há oração sem conversão”. “Oração sem conversão não passa de uma farsa. Isto podemos perceber no Evangelho escutado na celebração, nomeadamente nas figuras do fariseu (que pensava cumprir a lei à risca, mas que estava fechado a Deus, isolando-se no seu ego) e do publicano (que se confessava pecador, mas se abria ao sopro de Deus)”.

D. Anacleto terminou a sua reflexão, retomando a ideia de que, em Maria, a oração e a conversão e, consequentemente, a proximidade a Deus e aos outros estão intimamente ligadas. “Quando rezamos o Rosário, voltamo-nos para Deus (na primeira parte da Avé-Maria), ao passo que, na segunda parte, nos voltamos para nós e para os outros, acontecendo o mesmo na oração do Pai-Nosso. A própria imagem de Nossa Senhora de Fátima apresenta estas duas dimensões: ergue as mãos para o Alto e volta os olhos para nós. Este Santuário apresenta também Maria de braços abertos, a conduzir-nos ao Altar, onde está o Coração de Deus e onde encontramos força para irmos ao encontro dos outros”, disse ainda o Bispo de Viana antes de expressar o desejo de que todos os presentes “aproveitem o sopro natural que Fátima oferece”.

A Eucaristia terminou com a tradicional Procissão do Adeus, que marcou também o final das celebrações da Peregrinação no Santuário.

Refira-se que, além do grupo da Diocese de Viana do Castelo, peregrinaram ao Santuário nesse dia muitos outros grupos, entre os quais se destacou a Legião de Maria, a celebrar a quinquagésima Peregrinação Nacional.

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