Na Assembleia-geral, que aconteceu hoje em Leiria e que contou com a presença da Secretária de Estado da Valorização do Interior de Portugal, Isabel Ferreira, a RIET defendeu a necessidade de trabalhar conjuntamente com os Conselhos Económicos e Sociais de toda a fronteira para promover este lobby. A RIET decidiu, assim, por unanimidade, exercer toda a pressão política, social e económica sobre ambos os governos na defesa do Corredor Atlântico.
Foi ainda manifestada a vontade de toda a faixa atlântica ibérica, integrada por Portugal, Galiza e regiões fronteiriças espanholas com Portugal, cujo acesso ao mar são os portos portugueses, defender diante dos dois governos a construção do Corredor Atlântico e o cumprimento dos prazos previstos pela Comissão Europeia, já que o referido corredor não só é determinante para a competitividade e crescimento da faixa atlântica, mas também para a coesão da Península ibérica. Para as entidades constituintes da RIET, esta coesão poderia ser seriamente afetada se for dada prioridade ao Mediterrâneo em relação ao Atlântico.
Neste sentido, a RIET realizou ontem um encontro com María Mercedes Vaquera Mosquero, presidente do Conselho Económico e Social de Extremadura, que é também vice-presidente da Rede Transnacional Atlântica, uma plataforma de cooperação da sociedade civil dentro do Espaço Atlântico.
O Corredor Atlântico estabelece a ligação entre os portos marítimos de Sines, Setúbal, Lisboa, Aveiro e Leixões, em Portugal, Algeciras, Bilbao e Pasajes, em Espanha, Baiona, Nantes, La Rochelle e Le Havre, assim como aos portos fluviais de Bordéus, Rouen e Strasburgo, em França. Da mesma forma, permite ligar as capitais dos parceiros, Lisboa, Madrid e Paris, ao leste de França, a Mannheim e subsequentemente às regiões norte e oriental da Europa.
É ainda parte do corredor homónimo integrado na Rede Core da Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T) e está ligado ao Corredor Mediterrâneo, em Madrid e em Saragoça, e ao Corredor do Mar do Norte-Mediterrâneo, em Paris e Metz.
A RIET é um projeto criado em 2009 e que é constituído por organizações municipais, empresariais e de educação próximas da fronteira entre Portugal e Espanha. Esta entidade transfronteiriça foi criada para promover a cooperação transfronteiriça, o desenvolvimento socioeconómico nos territórios fronteiriços e de se estabelecer como uma única comunidade de interesse perante os governos de Espanha, Portugal e da União Europeia.