“No geral vamos manter a metodologia para os parâmetros que são sólidos, para a morte, para o número de casos [suspeitos ou confirmados por covid-19]. Nos outros dados mais finos vindos das instituições, dos concelhos ou das freguesias pode haver uma melhoria na colheita com outro sistema complementar e estamos a trabalhar nessas ferramentas”, afirmou Graça Freitas, na conferência de imprensa diária que se realiza no Ministério da Saúde, em Lisboa.
Segundo a diretora-geral da Saúde, o trabalho de recolha de dados que diariamente é divulgado está a ser feito através de “duas plataformas muito consistentes que registam os óbitos e casos de doença”.
Na mesma conferência de imprensa, Graça Freitas disse que todos os dados dos óbitos são “inquestionáveis” porque são reportados, até à meia-noite, através de uma plataforma eletrónica.
“Contudo, há dados mais finos, nomeadamente por concelho, que podem não chegar preenchidos no formulário e só conseguimos colher informação dos que estão preenchidos, mas quero dizer que estamos a trabalhar a nível local para obter essa informação à medida que o tempo passa vamos chegar à totalidade”, frisou.
A diretora da DGS ressalvou que pode haver “pequenos desencontros horários ou na totalidade da cobertura dos campos, mas não há nenhum objetivo de enganar, mentir ou omitir”.
“Não há nenhuma vantagem, nenhuma forma de se mentir numa situação destas. É impossível! O escrutínio que é feito impede-nos completamente sequer de termos a veleidade de mentirmos”, sublinhou.
Em Portugal, há 43 mortes, mais 10 do que na véspera (+30,3%), e 2.995 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 633 novos casos em relação a terça-feira (+26,8%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.