Numa audição na comissão de Defesa Nacional, na Assembleia da República, em Lisboa, sobre a participações deste ramo no combate à pandemia de covid-19 em Portugal, o general Nunes da Fonseca afirmou que o Exército está a ajudar na desinfeção de 278 escolas que vão reabrir para aulas presenciais do 11.º e 12.º anos de escolaridade, a partir de 18 de maio.
Os militares vão fazer a “distribuição de equipamento pessoal de proteção e gel a todas as escolas, não só do ensino secundário, como de outras”, disse.
Só na segunda-feira, foram desinfetadas 60 escolas, onde também decorreram ações de formação e sensibilização do pessoal sobre o tema, acrescentou.
O Laboratório Militar quadruplicou a produção diária de gel desinfetante, de mil para 4.000 litros diários, fornecendo o Serviço Nacional de Saúde (SNS), as Forças Armadas e outras entidades, entre elas a Assembleia da República.
Desde março, quando se declarou a pandemia de covid-19, o Exército tem participado em ações de desinfeção de lares de idosos, por exemplo, e ainda distribuindo cerca de 4.000 camas para ajudar a resposta do SNS a doentes menos graves, descreveu.
Numa área mais social, foram distribuídas perto de 35.000 refeições a pessoas sem abrigo na zona de Lisboa.
Desde o início do surto, o Exército teve 34 infetados, tendo atingido o pico em março, e a situação dos doentes “está a evoluir bem”, afirmou ainda.
O estado dos dois soldados do contingente no Afeganistão que estão doentes está a evoluir positivamente, depois de um primeiro teste negativo, deverão regressar ao ativo em breve.
Apesar da pandemia, nenhuma missão militar essencial foi afetada, e “74% dos elementos” do ramo “estiveram confinados e protegidos em suas casas”.