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02 Mai 2020

D. Anacleto Oliveira escreveu mensagem aos cristãos de Viana do Castelo para o mês dedicado à Mãe do Céu de Maria”

Pedro Xavier

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Para os cristãos, o mês de Maio, é tradicionalmente conhecido como mês de Maria. Nesse sentido, o Bispo da Diocese de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira, fez questão de deixar uma mensagem para a "vivência do mês mariano.

“O mês de Maio, tradicionalmente dedicado à Mãe do Céu. Entre nós, é mesmo conhecido por Mês de Maria. No presente ano pastoral, tem um especial significado para a nossa Diocese, ainda a celebrar os quarenta anos da sua criação. Dos três anos jubilares, estamos no último, dedicado ao acolhimento, sob a protecção da padroeira, Santa Maria Maior.

Várias celebrações estavam programadas, a maioria a partir desta altura do ano. Mas a pandemia, de todo imprevisível, impede-nos de realizar muitas delas, pelo menos com a desejada solenidade e participação. Vamos, por isso, baixar os braços?

Pelo contrário: é em crises como esta que precisamos, ainda mais, do apoio maternal de Maria. Primeiro, para interceder junto do Senhor, para que dela nos libertemos, ajudando-nos, nomeadamente, a vencer as dificuldades e a recuperar dos estragos que está a causar; e, depois, para nos fortalecer naquilo de que, talvez, mais estejamos a precisar – acolher. A começar por nós próprios, com as nossas limitações, agora mais acentuadas e dolorosas. Mas sobretudo de Deus, com a oferta da energia e das graças, para, a partir das limitações, fortalecermos a fé, a esperança e o amor de que vivemos, designadamente para acolher os outros, sem distinções, mas privilegiando os mais necessitados, pela idade, saúde precária, situação social ou outras, e dos mais responsáveis e envolvidos no combate à pandemia.

Maria é, neste âmbito, modelo ideal de acolhimento e medianeira única das graças divinas. Para ser Mãe do Filho do Altíssimo, é saudada pelo Anjo: Ave, cheia de graça, o Senhor está contigo! Uma graça que a leva a dizer: Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra. Uma entrega de fé, a que a prima Isabel reage: Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! (Lc 1,28.38.42). Maria: que bela imagem da graça do acolhimento! De Deus, de si própria e de todos nós! Sim, no seu Filho, acolhe-nos como filhos: Eis a tua Mãe! Assim no-la dá, no auge do seu amor (Jo 19,27).

Sintamo-nos filhos seus, saudando-a com a oração que o próprio Deus, por São Gabriel e Santa Isabel, nos ensina, e completando-a com a prece: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte!” Formemos com ela um rosário – de rosas ainda mais coloridas e aromáticas do que aquelas que desabrocham em pleno Maio: o rosário com a cor e o aroma do amor que, enquanto rezamos, contemplamos em Jesus, nos principais mistérios da sua salvação, desde o nascimento para a humanidade ao triunfo sobre a morte.

Rezemos a sós ou em família. E, se nos ajudar, diante de uma imagem sua, talvez iluminada pelo brilho, não só de uma vela ou lâmpada, mas daquela fé, esperança e caridade que rompam com a escuridão que atravessamos.

E rezemos por todos, mas em especial pelos que mais precisam de ser acolhidos por Deus através da nossa oração. Neste primeiro Domingo, sobretudo as mães que se consagram particularmente aos seus filhos; e os chamados a consagrarem-se a todos, no sacerdócio ministerial ou na vida religiosa.

Que o Senhor, por intermédio da sua e nossa Mãe, a todos abençoe!”

† Anacleto Oliveira (Bispo de Viana do Castelo)

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