“Com o novo coronavírus, os grandes tubarões dos espetáculos fizeram pressão junto do Governo, no sentido de serem cancelados os grandes festivais, para poderem ter uma justificação legal junto das bandas estrangeiras. Isso fez com que os artistas portugueses levassem pela mesma tabela”, acusa José Cid, em entrevista ao Jornal de Notícias.
José Cid lamenta que a pandemia tenha esvaziado a sua agenda de concertos e deposita esperança na possibilidade de, até setembro, serem marcados “concertos sentados e confinados que me permitam editar este álbum”.
O músico português considera ainda “dramático” que se faça “chantagem” e se tente contratar artistas “a preço de saldo, para atuarem com voz e piano, quando vão ser distribuídos 30 milhões de euros pelas câmaras. As autarquias têm obrigação de nos contratar com a dignidade que merecemos”.
“Vozes do Além”, o novo trabalho de José Cid, é um álbum de rock sinfónico composto por 15 temas sobre a vida depois da morte, reunindo poemas de autores como García Lorca, Natália Correia e Sophia de Mello Breyner, além de Maria Luísa Baptista ou Arlindo Costa, convidados por José Cid. As canções abordarão o tema da reencarnação.