No debate “Os Caminhos da Recuperação Económica em Portugal: Hipóteses a Norte”, hoje promovido pelo Jornal de Notícias e pela Câmara Municipal do Porto, o autarca vianense referiu que “são as CIM’s, nos chamados territórios de baixa densidade, que fazem a reativação económica”.
“Se não forem as CIMS e as Câmaras Municipais a atuar nestes territórios, por vezes as pequenas e médias empresas não conseguem ter acesso aos apoios necessários”, referiu José Maria Costa, indicando que é preciso “muscular do ponto de vista institucional o território” e defendendo uma “estratégia de concertação na região norte para apoiarmos sub-regiões que não estão a crescer tão depressa e com tanta intensidade”.
“Temos um país bloqueado em termos de desenvolvimento. Para podermos avançar para o desenvolvimento, temos de olhar para a questão institucional. Precisamos de um debate regional e maior concertação entre os diversos atores regionais. Em situações de crise, de dificuldade, vemos que o sistema institucional não está a resolver o problema e a ajudar a ultrapassar dificuldades”, frisou o edil.
José Maria Costa secundou o autarca de Vila Nova de Gaia, referindo ainda que é preciso “convocar as elites de todas as áreas para refletirmos o nosso futuro comum e para discutir como podemos trabalhar em conjunto para que o Norte preste um melhor serviço ao país”.
O autarca destacou também a necessidade de reforçar a aposta no conhecimento e na inovação, reforçando sinergias com o ensino superior. “A primeira coisa a fazer é reforçar a rede de universidades e politécnicos do interior do pais. A questão da inovação e do conhecimento e da inovação é fundamental. Não saímos da cepa torta se não investirmos no conhecimento e na inovação. Temos de fazer com que o interface entre ensino superior e empresas seja mais fluído”, destacou José Maria Costa.
“Temos vários tipos de interiores. No Alto Minho também temos essa situação, por isso temos de desenhar políticas diferentes para a valorização do interior. E temos de convocar o conhecimento para desenhar essas políticas”, declarou ainda.
“Não podemos ter mais do mesmo. Temos que desenhar políticas que se adaptem às caraterísticas de cada território”, concluiu.