Os promotores da petição solicitam ao Presidente da Assembleia da República, aos Deputados e ao Governo, para “que interceda junto da autarquia da Póvoa de Lanhoso, distrito de Braga, para que esta restitua a Ponte ferroviária Eiffel, que realizava a primitiva travessia do rio Âncora, em Caminha, à autarquia de Âncora”.
Após a substituição dessa infraestrutura no final dos anos 80, por uma mais capaz de responder aos novos paradigmas de carga e velocidade na ferrovia – Linha do Minho – a Ponte Eiffel do Âncora foi doada pela CP – Comboios de Portugal – à autarquia da Póvoa de Lanhoso, para realizar a travessia rodoviária de um rio, nunca tendo sido adaptada ao mesmo, tendo a autarquia construído uma em betão armado.
“Após todo este tempo, sem que a Ponte Eiffel fosse condignamente utilizada, decidiu a autarquia da Póvoa de Lanhoso colocar a mesma num espaço de uma empresa de indústria metalúrgica – a DAEL – em Covelas. Actualmente essa importantíssima obra de arte dos tempos áureos da nossa ferrovia padece de uma constante degradação, tendendo a desaparecer”, pode ler-se na petição publica.
Os promotores pedem à Direcção Geral do Património Cultural, com o apoio da Assembleia da República, “encontrasse uma solução digna para esse património industrial desenhado pela mão de um dos mais brilhantes génios do ferro: Alexandre Gustave Eiffel”.
A autarquia de Âncora, tentou há uns anos a esta parte reaver a infraestrutura, que apesar de tudo se encontra retida por questões burocráticas.
“Solicitamos ajuda no sentido de a restituir ao seu local primitivo, e dentro do possível converter o que resta num memorial da nossa história ferroviária e do génio que a criou. A Ponte Eiffel do Âncora pertence ao Alto Minho, às suas gentes – é identidade”, explica a petição que está online e já conta com várias assinaturas.
Fotos: Rádio Geice/DR