Os dados constam das conclusões do inquérito Impacto da reabertura das fronteiras no comércio, restauração e hotelaria das regiões raianas do Alto Minho, realizado pela Confederação Empresarial do Alto Minho (CEVAL), entre os dias 15 e 30 de julho, através de um inquérito enviado a 400 empresas de Caminha, Melgaço, Monção, Valença e Vila Nova de Cerveira, sendo que responderam 108.
Segundo o CEVAL, o universo total de empresas instaladas naqueles cinco concelhos do Vale do Minho é de cerca de 700 estabelecimentos comerciais daqueles setores de atividade.
Na nota hoje enviada à imprensa com os resultados do estudo, a CEVAL destaca que “quase metade dos empresários inquiridos afirmam que as vendas reduziram entre 40% e 60% face ao período homólogo do ano anterior”.
A CEVAL representa cerca de 5.000 empresas do distrito de Viana do Castelo, que empregam mais de 19.000 trabalhadores.
O estudo revela ainda que “37,9% das empresas que retomaram a sua atividade antes da reabertura das fronteiras viram as suas expectativas decrescer durante este mês, afirmando que o volume de clientes pouco aumentou, sendo que o aumento de clientes foi de menos de 20%”.
“Pela relação comercial com a Galiza, 42,6% das empresas inquiridas afirmou que apenas reiniciou a sua atividade aquando da reabertura das fronteiras, no dia 01 de julho”, e quando questionados sobre as vendas, “75,5% indica que as vendas ainda não estão em níveis pré-crise e 70,7% afirmam mesmo que precisarão de mais de um ano para igualar os níveis de vendas que tinham antes da crise causada pela pandemia de convid-19”, especifica a nota.
Para “mitigar” o impacto da pandemia, e segundo o estudo da CEVAL, os empresários inquiridos defenderam “medidas como ‘lay-off’, moratórias de créditos, os apoios à tesouraria, o diferimento de impostos e contribuições, a criação de um cartão de cidadão da Eurorregião (Norte de Portugal/Galiza) e uma campanha de promoção do território que estimule o turismo e atenue o sentimento de insegurança e medo associado à doença causada pelo novo coronavírus”.