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Nacional

11 Set 2020

Bombeiros profissionais prestam homenagem a colegas mortos no combate a incêndios

Rádio Geice

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A Associação Nacional de Bombeiros Profissionais (ANBP) prestou hoje homenagem aos colegas que morreram no exercício das suas funções e exigiu uma dignificação da carreira por ocasião da comemoração do Dia Nacional do Bombeiro Profissional.

Em declarações, Fernando Curto, presidente da ANBP, referiu que este ano as comemorações do Dia Nacional do Bombeiro Profissional – evento instituído em 2008 – tiveram que ser mais “recatadas” por estarem condicionadas pelos constrangimentos causados pela de covid-19.

Assim, e de acordo com informações prestadas pela ANBP, a cerimónia, que se realiza todos os anos a 11 de setembro em memória dos profissionais que morreram no ataque às torres gémeas de Nova Iorque, teve uma assistência composta apenas pelos elementos em número permitido pela Direção-Geral da Saúde.

Ao assinalar o dia, a ANBP prestou “homenagem aos bombeiros que faleceram no exercício das suas funções, onde se incluíram os que já este ano morreram no teatro de operações” de combate aos incêndios florestais.

A cerimónia solene, em que foi colocada uma coroa de flores numa pira de homenagem, serviu ainda, segundo a ANBP, para lembrar ao Governo e entidades competentes aquelas que continuam a ser as reivindicações dos bombeiros profissionais.

“Os bombeiros sapadores continuam à espera que seja feita uma revisão nas condições da aposentação. Não podem continuar a reformar-se aos 60 anos e deverá ser contemplada uma pré-reforma aos 55 anos ou uma situação de pré-reserva de forma a salvaguardar a vida do profissional e a operacionalidade do corpo de bombeiros”, alega a ANBP.

Paralelamente, a associação defende que para os bombeiros profissionais das associações humanitárias exige-se “uma carreira definida, que dignifique as suas funções”, enquanto para os sapadores bombeiros florestais exige-se uma “carreira de sapador bombeiro, para salvaguarda dos seus direitos no exercício da sua profissão”.

Por outro lado, os profissionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) da Federação Especial de Bombeiros (FEB), do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) e Centro Nacional de Operações de Socorros (CNOS), como elementos essenciais na prestação de socorro a nível nacional, devem ter uma “carreira única e ver fechado, de uma vez, o processo da PREVPAP (precários do Estado)”.

A ANBP reclama que é ainda necessário clarificar a posição assumida pela Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) em relação à celebração dos acordos de empresa com as associações humanitárias de bombeiros, uma vez que se mantém um impasse que está a condicionar a melhoria das condições de trabalho e salariais dos profissionais que trabalham nestas instituições.

“Em dia de homenagem a todos os que se dedicam a esta profissão, torna-se fundamental recordar os mortos, mas também salientar que aqueles que ainda lutam pela defesa das populações e dos seus bens necessitam de melhores condições de trabalho e de carreira para continuar a servi-las”, salienta a ANBP presidida por Fernando Curto.

Acerca da tragédia que vitimou profissionais em serviço, a ANBP considera importante que os inquéritos instaurados para apurar as causas de morte dos bombeiros no teatro das operações nos incêndios deste ano tenham conclusões e que estas se tornem conhecidas.

“É necessário explicar a razão pela qual contabilizamos, já este ano, cinco mortos entre os bombeiros, sem que nenhuma razão plausível seja apresentada. Terá a situação de constrangimento, imposta pela covid, condicionado a formação ou treino dos bombeiros para fazer frente à época de incêndios?”, questiona a ANBP, prometendo que esta e outras perguntas serão colocados brevemente numa reunião com a tutela governamental.

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