A informação foi avanada pelo presidente da CVRVV, Manuel Pinheiro, o qual destacou que “quase metade dos participantes são da comunidade brasileira presente na região” e que já no ano passado havia mostrado interesse pela iniciativa.
As normas sanitárias estarão garantidas tanto nas visitas às vinhas, com espaçamento adequado, como nos locais onde terão lugar as provas, com uso de máscara e número limitado de intervenientes. “A nossa sala de provas terá a sua lotação reduzida a um terço”, exemplificou António Monteiro, da Quinta das Arcas, em Valongo.
As quintas Campos de Lima, em Arcos de Valdevez, da Aveleda (Penafiel), da Lixa (Felgueiras), das Arcas (Valongo), de Soalheiro (Melgaço), do Tamariz (Barcelos), de Lourosa (Lousada) e de Santa Cristina (Celorico de Basto), a Casa da Tojeira (Cabeceiras de Basto) e a Adega de Monção (Monção) são os produtores participantes.
Manuel Pinheiro considera ser um número “razoável, porque permite que haja oferta em toda a região e um crescimento sem pressa”. Segundo acrescentou, alguns produtores desistiram devido à covid-19.
“Venha visitar solares, vinhas e adegas, provar vinhos e usufruir de uma experiência única” é o desafio proposto pela CVRVV com o Dia de Portas Abertas, que deste modo ambiciona “afirmar a Rota dos Vinhos Verdes” e reforçar a divulgação e promoção deste vinho.
“Como é que eu posso mostrar os vinhos que fazemos, como se fazem e por que é que os fazemos?”, pergunta Maria Francisca Vinagre, proprietária da Quinta do Tamariz, em declarações prestadas à agência Lusa, elogiando, assim, a iniciativa e a revitalização da Rota dos Vinhos Verdes.
A responsável declarou-se “contente”. “Já estamos cheios há dois dias e, por isso, vamos ter um dia aberto extra no dia 19 para aqueles que não conseguirem visitar-nos no sábado”. Entusiasmada, revelou que a procura chegou “por telefone, sms e mail” e explicou que haverá seis períodos para visitas, mais um do que previra, cada um com dez pessoas.
Maria Francisca Vinagre tem tudo preparado. “As pessoas vão circular [pela Quinta de Tamariz] em momentos diferentes, as provas serão separadas, toda a gente começa de máscara e há gel desinfetante em todas as portas”, informou, observando que se inscreveram “cerca de 180 pessoas”.
A proprietária desta quinta notou que as visitas, que estiveram suspensas devido à covid-19, “só recomeçaram há 15 dias”, razão pela qual se declara “encantada” com o elevado interesse demonstrado pela sua quinta.
Para António Monteiro, da Quinta das Arcas, o Dia de Portas Abertas também é uma iniciativa positiva, mas a edição deste ano vai “ser um pesadelo logístico” por causa da grande afluência prevista. O interesse, aliás, foi tal que alguns produtores planeiam abrir as suas propriedades em data próxima.
Manuel Pinheiro referiu, ainda, à Lusa que as vendas de vinho verde estão “ligeiramente abaixo das do ano passado nos restaurantes e nos hotéis e robustas no que diz respeito aos supermercados”, com destaque, aqui, para o grande interesse pelos vinhos rosados.
O presidente da CVRVV antecipou, também, “uma produção ligeiramente acima” este ano face a 2019, uma expetativa também partilhada na Quinta das Arcas. “Estamos à espera de um ano bom”, disse António Monteiro.