A fundação explica que aquela conferência, distingue “as melhores práticas em museus, património e conservação a nível mundial”, decorrendo a sua 19.ª edição este mês, em formato digital, após o cancelamento, pela organização, do encontro presencial em Dubrovnik, na Croácia.
Segundo a Fundação da Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), o projeto “The Best in Heritage”, que tem como principal parceiro o Conselho Internacional de Museus (ICOM) e a Europa Nostra, “apresenta ao público uma série de 42 entrevistas ‘online’ com os representantes das instituições premiadas a nível mundial em 2019”.
“O objetivo consiste na partilha de conhecimento junto da comunidade profissional e público em geral, a partir de casos de sucesso no que toca à preservação e comunicação do património cultural”, sustenta o comunicado.
A FBAC está a representar Portugal na sequência da atribuição do Prémio de Melhor Museu de 2019, pela Associação Portuguesa de Museologia (APM).
A participação portuguesa prevê “um depoimento do presidente da FBAC, Fernando Nogueira, e de uma entrevista sobre o passado, o presente e o futuro da bienal de arte mais antiga do país e do seu museu”.
“É uma honra termos sidos escolhidos, a nível nacional, para dar a conhecer o trabalho que temos vindo a desenvolver em Vila Nova de Cerveira em prol da cultura e das artes”, refere o presidente da FBAC.
Fernando Nogueira, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, adiantou que o prémio, atribuído em 2019, “reforça e sublinha não só a excelência de um percurso estabelecido em conjunto há mais de 40 anos, mas também o facto de [a bienal ser] um importante caso de estudo em Portugal de como o investimento em projetos culturais pode resultar no desenvolvimento social, cultural e económico de um território”.
A XXI Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira está a decorrer desde julho, até dezembro, com mais de 350 obras criadas por 370 artistas de 38 países.
O programa da edição de 2020 integra uma exposição do concurso internacional e artistas convidados, onze projetos curatoriais, intervenções artísticas, conferências, conversas e visitas guiadas, entre outras iniciativas.
Este ano, na sequência da pandemia de covid-19, a bienal, com o tema “Diversidade-Investigação. O Complexo Espaço da Comunicação pela Arte”, decorre “num formato duplo incluindo, pela primeira vez, uma edição digital, que permitirá ao público a visita virtual” ao evento, “a partir de qualquer parte do mundo”.
A conferência internacional está a decorrer até final do mês, altura em que o júri, composto por seis moderadores e dois vencedores do ano passado, votará em dois projetos de influência nas categorias “Best in Heritage” e “IMAGINES 2020”.
O programa pode ser acompanhado, gratuitamente, no canal do Youtube do “The Best in Heritage” e na página oficial do evento.