Dando a boas vindas aos presentes, António Barbosa referiu que a presente intervenção permitirá garantir a continuidade da Ecovia no concelho de Monção, assegurando uma maior proximidade ao rio Minho, de forma a aproveitar todas as suas potencialidades naturais e turísticas.
O autarca monçanense abordou ainda as vantagens colaterais deste projeto estruturado em áreas como o enoturismo, a atividade fluvial e a requalificação urbanística. “Além da valorização ambiental, este investimento dinamizará a economia local com o aparecimento de novos projetos, muitos ligados à recuperação do património para alojamento local” assinalou.
António Barbosa referiu-se ainda ao Programa Valorizar como “um instrumento fundamental para a valorização dos territórios do interior”, deixando a indicação que, “o Município de Monção tem vários projetos em desenvolvimento para reforçar a oferta turística do concelho, necessitando de apoio para a respetiva concretização”.
“Acreditamos no futuro de Portugal. Estamos a viver um impasse que, no fundo, está a revelar a capacidade que temos para enfrentar os desafios. Da nossa parte, com os nossas potencialidades e recursos endógenos, tudo faremos para ajudar o país a encarar o futuro com confiança” acentuou.
Valorizar as regiões do interior
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte (ERTPN), Luis Pedro Martins, disse tratar-se de um dia feliz, onde registamos mais um passo para o desenvolvimento das zonas do interior, através da assinatura de um contrato de financiamento, que ajudará Monção a alavancar o turismo.
Luis Pedro Martins teceu comentários elogiosos ao Programa Valorizar: “Estamos perante um apoio essencial para a criação de estruturas potenciadoras da captação de turistas. Louvo a iniciativa e todas as vantagens que traz às regiões”.
O responsável da ERTPN focou ainda o trabalho desenvolvido pelos autarcas e empresários ligados ao sector do turismo nestes meses de pandemia, ressalvando que o Norte foi a região de Portugal que conseguiu captar mais turistas nacionais. Isto demonstra, adiantou, vontade de nunca baixar os braços e continuar a lutar.
“Mais tarde ou mais cedo, voltarei a Monção”
A Secretaria de Estado da Turismo, Rita Marques, que fechou a cerimónia de assinatura do protocolo de financiamento, destacou o papel que os municípios do interior têm feito para reforçar o turismo, sublinhando que Monção, com a sua oferta turística, tem dado um contributo importante.
Rita Marques destacou o Programa Valorizar como um apoio para as regiões revelarem a sua autenticidade e genuinidade, fugindo do turismo artificial. Adiantou que este projeto, com verbas totalmente nacionais, já financiou 750 projetos no território nacional. No futuro, esclareceu, estará disponível um novo programa com as mesmas caraterísticas do Valorizar.
Quanto aos projetos futuros do Município de Monção, Rita Marques deixou uma resposta elucidativa: “Havendo vontade desse lado em alavancar a oferta turística nesta região, fica o compromisso que, mais tarde ou mais cedo, voltarei a Monção”.
Continuidade da ecovia e proximidade ao rio
Apresentada pelo Chefe de Divisão das Obras Públicas, Pedro Cruz, a proposta de intervenção na área ribeirinha do rio Minho, entre a Pedra Furada e o Parque das Caldas, numa extensão próxima de 600 metros, divide-se em duas áreas com especificidades distintas, representando um investimento elegível de 183.453,15 €, suportado, no âmbito do Programa Valorizar, em 70% daquele valor (128.417,20 €).
Na área poente, com ligação ao troço já existente, o percurso conduz-nos até à Pedra Furada, antigo posto de fronteira com passagem de barca até ao início do século XX, ao abrigo do promontório rochoso onde se destaca a “Pesqueira do Torres”, e ao centro histórico da vila, acedendo por uma escadaria arborizada.
Já na parte nascente, o percurso segue por um trajeto pedonal existente, antigo caminho de pescadores, para prosseguir sobranceiro aos antigos socalcos de cultivo e à muralha de Monção, entroncando num percurso proveniente do Parque das Caldas, passadiço de madeira junto ao rio Minho.
Este passadiço, que percorre todo o Parque das Caldas, espaço com vários motivos para momentos de lazer e descanso, tem prolongamento até ao posto aquícola, em Troviscoso, estando prevista a sua continuidade por mais três quilómetros, até à freguesia da Bela, local onde o rio, mais estreito, oferece belas panorâmicas.