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04 Out 2020

BE questiona Governo sobre alegadas descargas poluentes em rio de Arcos de Valdevez

Pedro Xavier

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O Bloco de Esquerda (BE) questionou o Ministério do Ambiente e da Ação Climática sobre alegadas descargas poluentes no rio Vez, em Arcos de Valdevez, considerado "um dos rios mais límpidos da Europa", principal afluente do rio Lima.

Numa pergunta dirigida ao ministro Matos Fernandes, os deputados Maria Manuel Rola e José Maria Cardoso dizem que esta semana foi tornado público “um rio tingido de branco, totalmente opaco e esbranquiçado”.

“Segundo populares, um foco de poluição de tez esbranquiçada terá inundado as águas do rio Vez junto à ponte de Santar, em Arcos de Valdevez, próximo da zona industrial deste concelho. Quer a autarquia, quer populares terão alertado a Guarda Nacional Republicana que se terá deslocado ao local”, refere o documento enviado ao Governo.

O rio Vez, localizado da serra do Soajo, no Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG), atravessa o concelho de Arcos de Valdevez e é o principal afluente do rio Lima, na margem direita.

Em causa, segundo os deputados do BE, “está um dos rios mais límpidos da Europa, ponto primordial da ecovia do Vez e muito visitada por estas características naturais, sendo que Santar é também conhecida pelo património cultural para além de paisagístico e ambiental”.

Os deputados Maria Manuel Rola e José Maria Cardoso querem saber “se o Governo tem conhecimento da situação e se existem autorizações de utilização do domínio hídrico para descargas no rio”.

Questionam sobre a forma como o Governo pretende atuar para manter a proteção do rio Vez e que articulação está o ministério do Ambiente a desenvolver com as autarquias”, alertando para “a situação dramática e fustigante que os rios do Alto Minho atravessam”.

“As descargas e os atentados têm sido recorrentes nos rios Lima, Labruja, Vez entre outros”, sustentam.

Contactado hoje pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, João Manuel Esteves disse que as descargas, de origem desconhecida, foram detetadas na quarta-feira passada, tendo a autarquia alertado a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR.

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