Para o primeiro período, o Governo já tinha feito um investimento semelhante, assegurando na altura que para os períodos seguintes seriam dadas dotações adicionais, mas sem avançar valores.
“Já seguiu para as escolas a informação para haver um reforço do orçamento das escolas em cerca de sete milhões de euros para assegurar as aquisições para o segundo período de tudo aquilo que as escolas precisam verdadeiramente, nomeadamente as máscaras, o álcool gel e todos os outros materiais de que necessitam atempadamente”, revelou Tiago Brandão Rodrigues.
O ministro da Educação esteve no parlamento para uma audição por requerimento dos grupos parlamentares do PSD, BE e PAN, que chamaram o governante à Comissão de Educação, Ciência, Juventude e Desporto por diferentes motivos.
Durante cerca de duas horas, Tiago Brandão Rodrigues foi questionado por vários deputados, incluindo sobre as condições de segurança sanitária em vigor nas escolas.
A deputada do PAN Bebiana Cunha insistiu particularmente sobre este tema, referindo que as escolas têm feito o melhor trabalho possível apesar das orientações e normas que classificou como inexequíveis, referindo problemas como a falta de espaço nas salas de aula ou o arejamento desadequado.
Em resposta, o ministro recordou todo o trabalho que foi feito entre a Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Ministério da Educação na produção de orientações gerais para o funcionamento das escolas e do referencial para as escolas sobre o controlo da transmissão do novo coronavírus, que continua em atualização, sublinhando também que no início do ano letivo as escolas já tinham disponíveis todos os materiais e equipamentos de proteção individual necessários.
Sobre o mesmo tema, o deputado socialista Porfírio Silva criticou as vozes que apontam falhas “como se o ministério não tivesse feito nada”, apontando elogios ao trabalho do executivo.
“As escolas são heroínas, como nós sempre dissemos, mas são heroínas porque fizeram parte de uma grande parceria coletiva, de que os governantes, a administração e os funcionários também fizeram parte, portanto deixemo-nos de hipocrisias”, atacou o deputado.
Comentando o pedido da deputada do PAN para um comentário do ministro às orientações da autoridade de saúde, o socialista questionou ainda, em tom de ironia, se “a função do Ministério da Educação é contestar os critérios da DGS”.