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12 Out 2020

Freguesia de Monção vai investir mais de 200 mil euros em área ardida em 2017

Rádio Geice

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O presidente da Junta de Freguesia de Merufe, em Monção, apontou para este ano o início da arborização de 100 hectares de área florestal consumida pelos fogos de outubro de 2017, num investimento de mais de 200 mil euros.

Contactado pela agência Lusa, a propósito do lançamento do concurso público daquela empreitada, hoje publicado em Diário da República, Márcio Alves explicou que o investimento resulta de “uma de várias” candidaturas que a freguesia apresentou para recuperação dos 1.600 hectares que a freguesia perdeu há três anos.

Os projetos “foram candidatados aos fundos do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR), do Portugal 2020, uns com comparticipação de 80% outros de 100%”.

No dia 14 de outubro de 2017, as chamas deflagraram nas freguesias vizinhas de Longos Vales e Merufe. Quando chegou à aldeia de Bela, o fogo saltou o rio Minho e atingiu a Galiza.

O incêndio foi dado como extinto no dia 16, mas deixou um rasto de destruição em várias das 24 freguesias de Monção, no distrito de Viana do Castelo.

Naquele concelho arderam 3.550 hectares.

Merufe, Longos Vales, Barbeita e Bela foram as freguesias mais atingidas.

“Dos 1.600 hectares que perdemos, recuperámos pouca coisa. Cerca de 50 hectares. Concluímos uma candidatura no valor de cerca de 120 mil euros”, referiu o autarca de Merufe.

Márcio Alves adiantou que “a freguesia, por si só, não tem capacidade para repor 1.600 hectares consumidos pelos fogos de 2017”.

“Estamos a trabalhar com os fundos comunitários e, mesmo assim, em algumas candidaturas, temos de pôr 20% do valor global”.

“É um valor significativo para a freguesia, face ao número de projetos que candidatamos”, observou.

No total, a Junta de Freguesia de Merufe candidatou projetos de recuperação florestal no valor de cerca de 1,2 milhões de euros, sendo que só 120 mil euros foram executados.

Questionado pela Lusa, o autarca admitiu que a “morosidade e complexidade” das candidaturas aos fundos comunitários têm atrasado a recuperação da área ardida.

“A aprovação das candidaturas demorou mais do que estávamos à espera. Se o processo fosse menos burocrático, talvez fosse mais célere. Às vezes, as questões estão pendentes, por uma situação ou outra, que facilmente podia ser resolvida. Mas se andarem devagar e bem, já é ótimo”, especificou.

Segundo Márcio Alves, o concurso público hoje aberto para a prestação de serviços de restabelecimento da floresta irá intervir “numa das zonas mais afetadas da freguesia e onde não há regeneração natural”.

“Queremos repor o potencial florestal da freguesia, agora de forma mais ordenada, cumprindo o plano de gestão florestal que foi aprovado este ano”, disse, apontando para o final do ano a aprovação de outra candidatura, no valor de 500 mil euros, para regenerar 320 hectares de floresta.

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