Em 2019, a candidatura da Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC) ao Programa de Apoio Sustentado 2020-2021 da Direção-Geral das Artes (DGArtes) foi uma das cinco consideradas elegíveis para apoio pelo júri, mas para as quais não houve financiamento disponível.
Em nota enviada às redações, a FBAC explicou que os mais de 58 mil euros que vai receber no próximo mês “surge no âmbito do pedido formalizado à linha de apoio às entidades artísticas profissionais, operacionalizada pela DGARTES, que integra o Programa de Estabilização Económica e Social do Governo”.
“Trata-se de uma subvenção atribuída no seguimento do Programa de Estabilização Económica e Social, aprovado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 41/2020, no âmbito da Linha de Apoio às Entidades Artísticas Profissionais, cuja gestão se encontra a cargo da Direção-Geral das Artes”, explica o comunicado.
Segundo a FBAC, “o montante concedido será de 58.487,23 Euro e corresponde a 35% do valor anual a que a fundação teria direito de acordo com a pontuação atribuída pelo júri no âmbito da candidatura “Fundação Bienal de Arte de Cerveira: a Arte Contemporânea integrada na sociedade e no mundo”.
“Apesar de ter sido considerado elegível, o projeto não foi na altura contemplado com apoio financeiro por limite de verba disponível”, sustenta a nota.
Para o presidente da FBAC, Fernando Nogueira, citado no documento, o apoio agora anunciado “resulta também da persistência e da capacidade de resiliência da FBAC, assim como do reconhecimento da qualidade do trabalho que é desenvolvido em prol da cultura com tão poucos recursos”.
Fernando Nogueira, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, explicou que o orçamento anual da fundação ronda os 300 mil euros.
Além da organização da bienal de arte, aquele montante assegura a programação que a fundação promove ao longo do ano.
A Bienal Internacional de Arte de Cerveira, a mais antiga da Península Ibérica, realiza-se desde 1978.