Contactado pela agência Lusa, a propósito da publicação hoje em Diário da República daqueles procedimentos de aquisição, Franklim Ramos disse que a ULSAM “contratou há pouco tempo mais 16 enfermeiros e continua a fazer mais contratações”.
O presidente do conselho da administração da ULSAM adiantou que o número de camas na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) do hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, “passou de sete para 25”, adiantando que vai continuar em funcionamento, no centro cultural da sede do distrito, uma unidade de saúde de retaguarda com 200 camas.
De acordo com o responsável, “as necessidades imediatas estão a ser feitas, mas os reforços vão-se construindo, mediante as necessidades”.
“Nesta fase, muitos doentes não precisam de internamento, porque são pessoas mais jovens do que na primeira vaga. Temos uma capacidade instalada para situações mais graves muito maior do que tivemos na primeira vaga. Na primeira vaga tínhamos sete camas nos cuidados intensivos e, agora, temos 25”, observou.
Em Ponte de Lima, especificou, foi criada uma “enfermaria geral” numa unidade de cuidados continuados que foi “desativada”, por registar uma redução de procura.
“A ULSAM tem o seu plano de ação preparado. É um plano que pode ser continuamente ajustado, em função das necessidades. E esse ajustamento é feito rapidamente. Houve uma aprendizagem na primeira vaga que nos permite agora agir”, sublinhou Franklim Ramos.
O responsável referiu ainda que a unidade de saúde de retaguarda instalada no centro cultural de Viana do Castelo, para receber infetados com covid-19 vai continuar montada.
“O presidente da Câmara concorda que se mantenha esta unidade. Quando não sabemos a dimensão que uma coisa vai ter é sempre bom ter reservas estratégicas preparadas. Temos de ter a estrutura montada e planos para situações mais graves, complexas”, afirmou.
Em causa está uma unidade de saúde de retaguarda, com 200 camas, instalada em abril o centro cultural de Viana do Castelo para receber idosos infetados com covid-19, evitando a sua permanência em lares, num investimento de 16 mil euros.
Em setembro, questionado pela Lusa, o presidente da Câmara, José Maria Costa tinha dito que aquela unidade só seria desmontada na última semana deste mês, se a evolução da doença não se descontrolasse.
“Temos pessoal médico, de enfermagem e auxiliares em quem podemos confiar. No Alto Minho, as pessoas podem estar descansadas. Os profissionais estão muito bem treinados e são capazes de responder plenamente como aconteceu na primeira vaga. Não tenho dúvidas nenhumas”, reforçou Franklim Ramos.
Quanto aos anúncios hoje publicados em Diário da República, dizem respeito à aquisição, por parte da ULSAM, de nove lotes de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e fatos (192.000 euros), zaragatoas (81.550.00 euros) e solução alcoólica (17.799.60 euros).
Aquela unidade quer ainda comprar diverso material para o serviço de otorrinolaringologia (25.207.32 euros), e medicamentos ((76.367.32 euros), e equipamentos ergonómicos (10.240.00 euros)
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
Em todas aquelas estruturas trabalham mais de 2.500 profissionais, entre eles, cerca de 500 médicos e mais de 800 enfermeiros.