Em declarações à agência Lusa, o vereador com o pelouro da promoção da saúde, Ricardo Rego, explicou que aquela parceria resulta da “estratégia de vacinação descentralizada em postos de proximidade à comunidade”, proposta pela Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) aos 10 municípios do distrito de Viana do Castelo.
Na capital do distrito, adiantou Ricardo Rego, começam hoje as reuniões com as 27 juntas de freguesia para “operacionalizar” uma medida que “será alargada a todos os centros de saúde do Alto Minho”.
O encontro servirá para “explicar a medida aos autarcas, definir locais, horários e as regras de higiene e segurança que têm de observadas”.
“O objetivo é descentralizar a prestação de cuidados à população. Neste caso, com a vacinação contra a gripe sazonal, tão importante para o grupo prioritário de pessoas com idade igual ou superior a 65 anos”, explicou o responsável.
A vacina contra a gripe será administrada pelas equipas de enfermagem da ULSAM.
“O que se pretende é evitar que a população mais idosa e vulnerável tenha de se deslocar aos três centros de saúde situados na cidade e nas vilas de Darque e Barroselas, o que poderá originar maior concentração de pessoas nesses espaços. Com esta medida, a população pode beneficiar da vacinação, na sua própria freguesia”, especificou.
A participação das autarquias de Viana do Castelo na campanha de “descentralização” da vacinação contra a gripe sazonal foi divulgada, na quinta-feira, no período antes da ordem do dia da reunião camarária, em resposta a uma questão levantada pela vereadora da CDU, Cláudia Marinho.
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas.
Naquela unidade local trabalham 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.
A campanha de vacinação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que começa habitualmente em 15 de outubro, iniciou-se este ano mais cedo com uma primeira fase para qual foram disponibilizadas 350 mil vacinas.
Na segunda fase, que começa em 19 de outubro, estão incluídos outros grupos de risco: pessoas com 65 ou mais anos e pessoas com doenças crónicas.
Além das vacinas gratuitas para as pessoas incluídas nos grupos de risco, haverá vacinas à venda nas farmácias que podem ser compradas com receita médica e são comparticipadas.
O SNS comprou este ano mais de dois milhões de vacinas da gripe a duas empresas diferentes, por concurso público, mas todas as vacinas são iguais.
A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.