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16 Out 2020

PCP aponta Unidade Local de Saúde do Alto Minho com “bom exemplo” nacional

Rádio Geice

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O PCP de Viana do Castelo apontou hoje a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) como um "bom exemplo" na prestação de cuidados de saúde primários, apesar de persistirem "problemas de fundo" decorrentes de "prioridades nacionais".

“Podemos dizer que é um bom exemplo a nível nacional. Estaríamos muito melhor se a realidade dos cuidados de saúde primários fosse como esta”, afirmou o responsável pela Direção da Organização Regional de Viana do Castelo (DORVIC) do PCP.

Gonçalo Oliveira, que falava aos jornalistas à porta do hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, no final de uma reunião com a administração da ULSAM, apontou a contratação de profissionais de saúde como um dos exemplos dos “problemas” que ultrapassam a realidade do Alto Minho.

“É necessária uma aposta muito mais forte no Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não passa só por elogiar os profissionais de saúde, por lhes bater palmas, mas por dedicar verbas efetivas para a contratação de profissionais para o SNS não a título extraordinário, mas com vínculos efetivo para reforçarem os serviços que devem também ser dotados dos equipamentos necessários”, sublinhou.

O responsável adiantou que dessas “limitações”, a ULSAM, “em alguns aspetos”, tem trabalhado “contracorrente”.

“Há que valorizar isso e, é claro, que isso dá uma certa tranquilidade”, referiu após a reunião com a administração da ULSAM realizada no âmbito da ação nacional que o partido a realizar denominada “Combater a covid-19, recuperar atrasos, garantir o acesso aos cuidados de saúde”.

“Há aqui uma mensagem de serenidade que foi dada pelo conselho de administração, que estão a tomar todas as medidas atempadamente. Claro que depois há problemas de fundo que ultrapassam a realidade do Alto Minho e que tem a ver com as prioridades nacionais”, reforçou.

Segundo Gonçalo Oliveira, “a ULSAM tem cumprido seu o papel, na prática, com a tomada de medidas concretas”.

“Em alguns casos, há situações que são dignas de nota. Neste contexto complicadíssimo de pandemia conseguiu aumentar o número de consultas domiciliárias e ter um leque de áreas prioritária que nunca deixaram de ter atendimento presencial, ao contrário do que aconteceu noutras unidades de saúde”.

A ULSAM “conseguiu salvaguardar até direitos dos trabalhadores, como o gozo para que possam estar minimamente repousados e preparados para esta segunda vaga”, situação que disse não se verificar em todo o país.

“Um exemplo flagrante, é o dos utentes sem médicos de família que aqui é um problema quase residual, quando a tendência nacional não é essa”, frisou.

“Já se estão a adiantar na reabertura de extensões de saúde já a partir da próxima semana. Há dificuldades de comunicação nos centros de saúde que resultam de centrais telefónicas desatualizadas, falta de pessoal de secretariado clínico, entre outros. Aqui já estão a ser tomadas medidas. Já está em fase experimental uma nova central telefónica. Também já estão adiantados”, adiantou.

O PCP tem em curso uma ação nacional que se conjuga com o objetivo de criar um plano de nacional de emergência visando reforçar o Serviço Nacional de Saúde com mais financiamento, mais profissionais e melhores equipamentos, especialmente no que à atividade dos cuidados de saúde primários diz respeito.

Já a vereadora da CDU na Câmara de Viana do Castelo, Cláudia Marinho, que também participou na reunião, destacou “o trabalho de boas práticas desenvolvido há longo tempo”, apesar das “imensas dificuldades” que enfrenta, defendendo necessidade de alteração do modelo de financiamento daquela estrutura que atribui à região uma capitação inferior à média nacional.

“Têm uma estrutura muito bem montada e acabam por ter menos dificuldades, apesar de elas existirem”, especificou a vereadora, apontando como exemplo a “fixação” de profissionais em algumas especialidades, como dermatologia.

Relativamente ao combate à pandemia, Cláudia Marinho referiu que durante a primeira vaga a ULSAM reconheceu que “estava menos preparada, quer em recursos humanos quer materiais”, e que, neste momento, a unidade “sente-se mais confortável, sem descurar” um eventual agravamento da situação epidemiológica.

“Têm descentralizado pelo Alto Minho centros de despiste da doença, coisa que não acontece noutras zonas do país”, disse.

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