As detenções ocorreram no âmbito da Operação Ibéria e, segundo explicou a PJ em comunicado, os 50 homens e duas mulheres, com idades compreendidas entre os 27 e os 80 anos, são suspeitos dos crimes de tráfico e mediação de armas, detenção de arma proibida, tráfico de estupefacientes e corrupção.
Um dos 52 detidos é um agente da PSP que desempenha funções em Chaves, no distrito de Vila Real, e que já foi suspenso.
A Operação Ibéria envolveu 300 elementos da PJ, foi para o terreno na terça-feira e decorreu em várias localidades do Norte do país, tendo sido realizadas cerca de duzentas buscas domiciliárias e não domiciliárias.
A investigação foi coordenada pelo Departamento de Investigação Criminal de Vila Real da PJ e foi realizada no âmbito de um inquérito tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.
Esta operação, que, segundo a PJ, integrou investigadores e peritos de várias unidades da Polícia Judiciária, foi o corolário de diversas investigações, desenvolvidas nos últimos meses, pelo Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, relacionadas com o trafico ilícito de armas.
A investigação teve como objetivo desmantelar circuitos de tráfico de armas e de transformação de armas.
“Quer no dia de ontem (terça-feira), quer no âmbito das diferentes investigações desenvolvidas, foram apreendidas dezenas de milhares de munições de diversos calibres, várias metralhadoras e centenas de outras armas dos mais diversos calibres (caçadeiras, carabinas, pistolas, revolveres e armas elétricas), três quilos de produto estupefaciente, milhares de euros em dinheiro e viaturas automóveis”, salientou.
A PJ referiu ainda que a operação contou colaboração da GNR e da PSP e que os detidos vão ser presentes às autoridades judiciárias competentes, para interrogatório judicial e aplicação de eventuais medidas de coação.