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Música

04 Out 2020

Segundo volume da autobiografia dos Xutos & Pontapés é editado no dia 20

Pedro Xavier

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O segundo volume da autobiografia dos Xutos & Pontapés, “À Minha Maneira”, que conta a história da banda desde 2000, percorrendo 20 anos de “grandes sorrisos” e também “muitas lágrimas”, é editado em 20 de outubro.

Em outubro do ano passado, era editado o primeiro volume de “À Minha Maneira”, livro no qual a jornalista Ana Ventura pôs os elementos dos Xutos & Pontapés a contarem, na primeira pessoa, a história e histórias da banda, simulando um diálogo com o leitor. Segundo Ana Ventura, em declarações à Lusa, o segundo volume – “À Minha Maneira Vol. II – 2000-2020” – chega no dia 20 deste mês.

“Se o primeiro volume era uma narração de uma escalada e de uma assunção da banda, este é o volume das emoções, porque temos as grandes alegrias e as maiores conquistas destes 40 anos de carreira – os grandes aniversários, os Pavilhões Atlânticos [nome antigo da Altice Arena], o estádio. Temos os grandes sorrisos, mas também temos as muitas lágrimas, porque foi na segunda parte destes 40 anos de carreira que aconteceram as maiores perdas para a banda”, contou a jornalista.

Em 2007, morreu a “grande ‘manager’” da banda, Marta Ferreira, e, em 2017, o guitarrista Zé Pedro.

Apesar de ser um livro assinado por Ana Ventura, em “à Minha Maneira” a história dos Xutos & Pontapés é contada na primeira pessoa, por Tim, Zé Pedro, João Cabeleira, Gui e Kalu.

No primeiro volume, que começou a ser preparado em 2010 e no qual se conta a história dos Xutos entre 1979 e 2019, a jornalista juntou “muitas horas de entrevistas” isoladas, com cada um dos elementos da banda: “Os cinco só se encontram, de facto, no livro”. O processo acabou por ser “moroso”, não só pelas horas de entrevistas, mas por “todo o encadeamento do ‘puzzle’ deste diálogo”.

Mas para fazer o segundo volume, Ana Ventura deparou-se com “grande desafio”: já não podia entrevistar Zé Pedro. No entanto, o guitarrista “continua completamente presente neste segundo volume”.

“Queríamos que [no segundo volume] se mantivessem os Xutos a falar, os cinco, e temos efetivamente o Zé Pedro a falar ao longo do livro todo, recorrendo a muitas entrevistas que o Zé Pedro deu entre 1999 e 2017”, explicou, contando que incluiu “citações de entrevistas do Zé Pedro à imprensa, rádio, televisão, ao longo de todo o livro e sobre todos os assuntos”.

Ana Ventura garante que Zé Pedro “efetivamente está ali”. “Está a conversar connosco, tão presente nas páginas do livro como continua no nosso coração, na nossa memória”, disse.

Em relação aos outros elementos da banda – Tim, Kalu, João Cabeleira e Gui – “o método foi o mesmo: quatro entrevistas distintas, com o cruzamento dos cinco nas páginas do livro”.

No ano passado, aquando da edição do primeiro volume, Ana Ventura partilhou com a Lusa que a ideia de contar a história dos Xutos & Pontapés tinha partido de Zé Pedro.

“Foi uma contraproposta do Zé Pedro a uma proposta que eu lhe tinha feito alguns anos antes. Eu tinha sugerido fazer um livro sobre ele, a biografia dele, que estava já num processo muito finalizado na altura e que acabou por se concretizar no ‘Não sou o único’, e aí o Zé fez-me uma contraproposta, que foi fazer um livro sobre os Xutos”, recordou na altura.

Os Xutos & Pontapés editaram, no final do ano passado, “40 Anos a Dar no Duro”, um duplo álbum que reúne as 40 músicas mais marcantes da carreira da banda, alinhadas por ordem cronológica.

O mais recente álbum de originais, “Duro”, data de janeiro do ano passado, quando a banda completou 40 anos de carreira.

“Duro” foi o primeiro álbum que editaram sem o guitarrista Zé Pedro, que morreu em 2017, mas o registo inclui gravações feitas ainda por este músico.

O nascimento oficial dos Xutos & Pontapés aconteceu em 13 de janeiro de 1979, no salão de baile dos Alunos de Apolo, em Lisboa, numa noite em que tocaram quatro músicas em pouco mais de cinco minutos.

Na altura, o grupo, que chegou a chamar-se Delirium Tremens e depois Beijinhos e Parabéns, integrava os jovens Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, influenciados pelo punk-rock que entrava em força na cena musical estrangeira.

Quarenta e um anos depois, o grupo persiste na música portuguesa com mais de uma dezena de álbuns e muitas canções que servem de âncora para um clã do rock com milhares de fãs de várias gerações.

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