Tiago Mendes formalizou ontem a rescisão com o clube vimaranense, o primeiro que representou como treinador principal, e assumiu ter encerrado uma etapa que começou com “muita ilusão”, depois de ter refletido sobre a situação em que se encontrava.
“Foi uma decisão muito meditada e, não tenho dúvida, acertada, a pensar no bem de todos”, lê-se na nota enviada à Lusa pelo antigo médio, internacional pela seleção portuguesa em 66 ocasiões.
Apresentado em Guimarães no dia 17 de agosto, o técnico, de 39 anos, viu a sua saída oficializada na passada quinta-feira e adiantou que, no período em que esteve em Guimarães, “acontecido algumas situações que geraram uma distância demasiado grande” para poder “manter a exigência de trabalho adequada”, num clube “tão grande como o Vitória”.
O treinador natural de Viana do Castelo admitiu ainda sentir-se “em dívida” para com os jogadores, o ‘staff’, “as pessoas que trabalham no dia a dia no clube e que tornam possível o seu funcionamento” e também os “adeptos”, na sequência da decisão tomada.
Após a saída de Tiago Mendes, entretanto substituído por João Henriques, a equipa minhota é oitava classificada da I Liga, com quatro pontos em três jogos: derrota caseira com o Belenenses SAD (1-0), empate no terreno do Rio Ave (0-0) e triunfo na receção ao Paços de Ferreira (1-0).
Antes de representar os vimaranenses, o ex-jogador de Sporting de Braga, Benfica, Chelsea (Inglaterra), Lyon (França), Juventus (Itália) e Atlético de Madrid (Espanha) foi adjunto de Diego Simeone no clube madrileno, na época 2017/18, e treinador da seleção portuguesa sub-15, em 2019.
Quando oficializou a saída, a administração da SAD vitoriana mostrou-se “surpreendida” pela “quebra de um trabalho de vários meses entre a estrutura do futebol e o treinador”, tendo vincado que a decisão de Tiago Mendes foi uma “manifestação de insegurança”.