Ângela Fernandes revalidou o título de Campeã Nacional de SUP Wave, na Praia Internacional do Porto, no final de setembro.
“Este acabou por ser o meu principal objetivo, e é bom ter sucesso. É bom vencer! Trabalhei bastante para melhorar tecnicamente. O Wave é uma vertente do SUP na qual acho que ainda tenho muito para evoluir. Como gosto de competir, também disputei a prova masculina. Foi uma boa experiência”, refere.
Nesta época atípica, agradece o apoio de Gonçalo Cruz, que a acompanhou nestes últimos tempos, e dos colegas da classe de competição, seus companheiros habituais na água.
Ângelo Bernardo conquistou o 5º lugar em Open SUP Wave, o que considera “um resultado bastante positivo, tendo em conta o pouco tempo de treino.”
Carolina Santos foi a melhor portuguesa no Pro Junior Europeu da World Surf League (WSL) em Espinho, tendo disputado a meia-final e arrecadado a 7ª posição. Também sagrou-se vice-campeã nacional Sub-18, além de ter somado, pela primeira vez, dois terceiros lugares na Liga MEO, na qual terminou em 6º.
Esta temporada, o objetivo de Carolina passava por vencer os Campeonatos Pro Junior Europeu e ser campeã da Europa. Mas, em vez das provas habituais, apenas se realizou o evento de Espinho, que coroou os campeões europeus em outubro último. No entanto, está bastante contente com os resultados.
“Acho que foi uma excelente época desportiva. A nível escolar também me correu bem. Fiz o acesso ao ensino superior com média de 16.95 no Curso de Ciências e Tecnologia. Aproveito para agradecer ao SCV todo o apoio”, diz.
João Maria Pereira sagrou-se bicampeão regional Norte Sub-16, conquistou o 3º lugar do Circuito Regional Norte Sub-18, arrecadou a 13ª posição em Sub-16 e a 17ª em Sub-18 no Nacional de Surf Esperanças. Também participou no Pro Junior Europeu da WSL, posicionando-se em 33º.
Para este jovem atleta, foi “uma época bastante positiva”, tendo em consideração que foi o seu primeiro ano de Sub-16. “Queremos sempre mais, mas a minha prioridade é o percurso académico e nem sempre é possível conciliar as exigências dos treinos com a escola”, avança.
Raquel Otero conquistou a 18ª posição na Liga MEO. No Nacional de Surf Esperanças, foi 9ª em Sub-18.
O balanço geral que faz é “positivo” numa temporada desafiante.
“O principal resultado e mais importante foi a nível da evolução e das experiências que tive. Todo o meu crescimento como atleta, pessoa e surfista. Estou muito grata ao meu treinador, Gonçalo Cruz, e ao Viktor Drews, psicólogo desportivo que me acompanha, por todo o trabalho que desenvolvemos em conjunto e, claro, aos meus pais pelo apoio”, conta.
Para Gonçalo Cruz, treinador do SCV, além dos resultados desportivos somados pelos aletas, a instituição conseguiu transformar os desafios da Covid-19 em oportunidades.
“O clube deu um passo de gigante a nível da sua estrutura interna e qualitativo no que toca à formação. Conseguiu ter um ano de muitas atividades, desde campeonatos, training-camps e treinos técnicos e físicos e ainda muitas atividades on-line. No primeiro Estado de Emergência, continuou o processo de formação através do projeto SurfingVianaECoaching, que foi um êxito”, explica.
Tanto Carolina Santos como Marta Paço, que vai participar, brevemente, no estágio da Seleção Nacional de Para Surfing, têm o estatuto de atletas de alto rendimento.