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02 Nov 2020

Câmara de Cerveira “descontinuou todas as relações comerciais estabelecidas com Santander Totta”

Pedro Xavier

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O Banco Santander Totta está a anunciar o encerramento do seu balcão em Vila Nova de Cerveira para dia 20 de novembro, através do envio de notificações aos clientes. Perante o encerramento agora anunciado e "irreversível", a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira "vai aplicar o mesmo procedimento que o efetuado aquando da decisão do Millennium-BCP, ou seja, descontinuou todas as relações comerciais até aqui estabelecidas, privilegiando as duas instituições bancárias que mantém balcões físicos no concelho".

Comunicado Presidente da Câmara Municipal Encerramento do Santander Totta

Em setembro, quando surgiram os primeiros rumores neste sentido, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, na minha pessoa, solicitou de imediato uma reunião à administração daquela instituição bancária que, por sua vez, garantiu que, naquele momento, não existia motivo para preocupações.

Durante esse encontro, foram apresentados argumentos bem explícitos que sustentavam a manutenção desta dependência bancária no concelho de Vila Nova de Cerveira: somos o 13º município mais exportador da região Norte (num total de 86 municípios) e o 2º do Alto Minho, com um volume de exportações de 700ME em 2019; iniciamos o ano de 2020 com valores de exportações muito significativos de 174.5ME, sendo o 1º no distrito; temos o 2º melhor rendimento per capita do distrito; registamos o mais significativo aumento populacional dos 10 concelhos do distrito, com uma variação percentual positiva, entre 2018 e 2019. Argumentos que, no entanto, não foram suficientes para que a administração do Santander Totta reconsiderasse esta decisão unilateral que, neste contexto, para um leigo, pode ser encarada como má gestão.

Infelizmente, na sua ótica, as instituições bancárias estão a proceder a otimizações de recursos e a encerrar vários balcões pelo país, mas não se pode descurar a realidade específica dos territórios e as necessidades das pessoas mais idosas, sem possibilidades de efetuar as suas transações via internet ou de realizar deslocações devido ao peso no orçamento familiar.

Perante o encerramento agora anunciado e irreversível, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira vai aplicar o mesmo procedimento que o efetuado aquando da decisão do Millennium-BCP, ou seja, descontinuou todas as relações comerciais até aqui estabelecidas, privilegiando as duas instituições bancárias que mantém balcões físicos no concelho.

Sabendo nós que as instituições bancárias são entidades privadas e que não fazem serviço público, entendemos que, mesmo assim, devem perseguir objetivos sociais. A verdade é que, quando as coisas correm mal, o Partido Socialista intervém para salvar os bancos das más decisões que vão tomando, aparecendo com o saco cheio de euros e injetando muitos milhões que são dos contribuintes e, portanto, de todos nós. 

Esperamos que os Cerveirenses reflitam e estejam atentos a esta realidade, e tomem as decisões mais acertadas para defesa dos seus interesses.

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