“Em termos de infraestruturas de saúde a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM )depara-se com graves constrangimentos, nomeadamente com um serviço de urgência sem as mínimas condições, por falta de espaço, para acolher os doentes de todo o distrito que ali acorrem, urgindo por isso a sua ampliação”. Afirmou a deputada, durante a audição à Ministra da Saúde, no debate da especialidade do Orçamento de estado de 2021.
“Como vem sendo reclamado pelos agentes locais, é fundamental promover a reformulação e construção de um espaço novo e moderno que acolha os serviços de consulta externa por forma a libertar o tão necessário espaço para ampliação dos Serviços de Urgência” alertou a deputada social-democrata.
“A ULSAM que abrange todo o distrito de Viana do Castelo, tem vindo a ser fortemente penalizada pelo modelo de financiamento adotado o qual, apesar de ter conhecido uma majoração, continua a ter uma das capitações mais baixas a nível nacional. Vai o Governo fazer justiça às gentes do Alto Minho e nivelar o nível de financiamento ao que existe no resto do país?”, questionou, também Emília Cerqueira. A propósito, Eduardo Teixeira, na mesma audição, relembrou “as dotações de equipamentos hospitalares em Viana do Castelo, no montante de 1,5 milhões de euros e em Ponte de Lima de 262 mil euros que têm sido, ano após ano, adiados”
Emília Cerqueira relembrou ainda que “os alto-minhotos sempre que necessitam de recorrer a consultas de especialidade vêm-se na contingência de se deslocar a Viana do Castelo que, por vezes, dista cerca de uma hora da sua residência, o que poderia ser evitado com a deslocalização de consultas de especialidade para as Unidades de Saúde de Ponte de Lima e Valença”.
Eduardo Teixeira, por seu turno exigiu “a imediata abertura das Extensões dos Centros de Saúde de Afife, Carreço e Geraz do Lima” e “a construção da Unidade de Saúde de Meadela que cobre mais de 12.000 pessoas, num investimento de 1,8M€ (financiado pelo FEDER), que também tem sido adiado”
Assim sendo “está o governo disponível para passar dos discursos à prática e concretizar as obras da ULSAM e do Centro de Saúde de Valença e aproveitar o Programa de Recuperação e Resiliência e, assim, melhorar efetivamente o acesso à saúde dos alto-minhotos ou vai o Alto-Minho ficar mais uma vez preterido?” questionou Emília Cerqueira, em jeito de conclusão, a Ministra da Saúde.