“É uma Jornada que até ganhará um valor acrescentado por ser uma resposta juvenil, e a nível mundial, a algo que nos podia paralisar a todos, em termos de sensibilidade, em termos de projetos. Vamos para a frente, vamos bem”, referiu D. Manuel Clemente, falando aos jornalistas, antes da partida.
A passagem de testemunho entre o Panamá, que acolheu a JMJ 2019, e a capital portuguesa estava inicialmente prevista para o último mês de abril, mas foi adiada devido à Covid-19.
Para o cardeal-patriarca de Lisboa, este momento simbólico “vem a tempo”, num momento em que se nota o aumento do “entusiasmo” perante a próxima JMJ.
“É a mesma realidade, mas é quando pode ser, dadas as circunstâncias da pandemia”, precisa.
Como o Papa Francisco disse recentemente a um colega meu, nós temos de ir à frente da Covid. Esta iniciativa, esta Jornada Mundial da Juventude, que agora se realizará em Lisboa, em 2023, é algo grande demais e bom demais para que pudesse ficar pelo caminho”.
A comitiva portuguesa levou consigo uma carta do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para entregar ao Papa.
O grupo integra dez representantes de diversas dioceses nacionais, incluindo Viana do Castelo, e elementos da organização da Jornada Mundial da Juventude 2023.
A passagem dos símbolos da JMJ do Panamá, que recebeu a edição internacional de 2019, para a capital portuguesa, que recebe a edição no verão de 2023, vai acontecer na Basílica de São Pedro, no final da Missa presidida pelo Papa, às 10h00 (hora local, menos uma em Lisboa), com transmissão online.
O secretário-executivo da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023, Duarte Ricciardi, fala num passo “muito importante” na preparação do maior evento juvenil promovido pela Igreja Católica
“É uma espécie de pontapé de saída, um sinal mais palpável deste caminho. Vamos passar a ter os símbolos connosco, em Lisboa, é uma passagem de pasta do Panamá para Portugal, é um dos marcos nesta preparação”, observa.
Daniela Maciel, da Diocese de Viana do Castelo, é uma das jovens da delegação e espera um momento “incrível”, desejando que as pessoas se sintam “representadas”.
“Vamos fazer por transmitir a mensagem que recebermos, para que a preparação corra da melhor forma”, aponta.