Em causa, está “um imóvel que, no domínio histórico e arquitetónico, traduz um testemunho notável de vivências e factos históricos”.
“Pela sua conceção arquitetónica, pela memória coletiva que reflete e pela sua singularidade, representa um bem de valor cultural de significado preponderante para o município”, descreve o Diário da República (DR).
O presidente da Câmara Municipal de Melgaço, Manoel Batista, destacou a “relevância histórica” do imóvel e o seu “enquadramento paisagístico” por se encontrar “completamente rodeado de vinha”.
“Numa altura em que a aposta na economia do vinho Alvarinho e da marca Monção e Melgaço se procura afirmar cada vez mais, era muito importante que este imóvel e a quinta onde está inserido, fossem classificados”, reforçou o autarca.
Segundo Manoel Batista, o processo de classificação, iniciado em 2017, foi proposto pelos atuais proprietários.
“A autarquia acarinhou o processo desde a primeira hora e congratula-se com a sua classificação”, referiu.
O solar da Quinta do Reguengo foi mandado construir pela rainha D. Leonor, no século XVI, tendo desde então estado na posse de vários proprietários.
De acordo com a descrição que integrou o processo de classificação, atualmente, o imóvel está adaptado à função de hotel rural, resultado de um projeto de recuperação e remodelação realizado em 2001.
A família Cardadeiro, atual proprietária, adquiriu a propriedade em 1997, reconstruiu o solar, plantou a vinha e construiu uma adega para a produção de Vinho Alvarinho.
O solar “encontra-se inserido em meio rural, e enquadrado por grandes vinhedos, com cerca de oito hectares”.