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07 Dez 2020

Mil clientes da Águas do Alto Minho recebem fatura com código de pagamento errado

Pedro Xavier

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Cerca de mil clientes da Águas do Alto Minho residentes em Arcos de Valdevez receberam o código errado de entidade para pagamento das faturas por multibanco, "falha" que a empresa atribuiu aos CTT-Correios de Portugal.

A empresa de gestão das redes de água em baixa e de saneamento Águas do Alto Minho (AdAM) explicou em comunicado que, “por falha dos CTT, cerca de mil clientes residentes no concelho de Arcos de Valdevez receberam as suas faturas com o código errado de entidade para o pagamento por multibanco”.

A AdAM acrescenta que, “no âmbito do mesmo lapso dos CTT, detetou-se ainda que alguns clientes residentes nos concelhos de Arcos de Valdevez e de Paredes de Coura receberam duas vezes a mesma fatura”.

Quanto ao primeiro erro, relacionado com o código de entidade errado, a AdAM diz que os clientes “apenas conseguirão proceder ao pagamento via Multibanco substituindo o código da entidade 21309 por 21887, deslocando-se a uma das lojas da AdAM, ou por débito direto”.

No caso das faturas duplicadas, “o cliente deverá ignorar uma delas e o pagamento em falta ser efetuado pela via indicada na fatura, ou numa das suas lojas”, refere a AdAM.

A empresa garante que a “faturação está correta”, lamentando o “incómodo causado”.

Em resposta escrita a um pedido de esclarecimento hoje enviado pela agência Lusa, “os CTT confirmam que houve um lapso na emissão das faturas, tendo estas sido imediatamente corrigidas”.

A AdAM é detida em 51% pela Águas de Portugal (AdP)e em 49% pelos municípios de Arcos de Valdevez (PSD), Caminha (PS), Paredes de Coura (PS), Ponte de Lima (CDS-PP), Valença (PSD), Viana do Castelo (PS) e Vila Nova de Cerveira (Movimento independente PenCe – Pensar Cerveira), que compõem a Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.

Três concelhos do distrito – Ponte da Barca (PSD), Monção (PSD) e Melgaço (PS) – reprovaram a constituição daquela parceria.

A nova empresa começou a operar em janeiro, “dimensionada para fornecer mais de nove milhões de metros cúbicos de água potável, por ano, e para recolher e tratar mais de seis milhões de metros cúbicos de água residual, por ano, a cerca de 70 mil clientes”.

A constituição da empresa tem sido contestada por vários partidos e pela população de alguns concelhos, que se queixam do aumento “exponencial” das tarifas e do “mau funcionamento dos serviços”.

Em agosto, a empresa pediu desculpa pela “incorreção” detetada num “lote” de leituras dos consumos de maio, que afetou as faturas de 495 clientes de seis concelhos da região, garantindo estar a processar notas de crédito.

Nessa altura, numa manifestação convocada através das redes sociais, a população realizou protestos nos sete concelhos integrados na AdAM, junto aos edifícios camarários, exigindo o regresso da gestão de redes de água em baixa e de saneamento às autarquias.

Meses antes, em abril, a AdAM tinha sido obrigada a suspender a faturação depois de terem sido detetados erros que afetaram 15 mil consumidores.

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